O Ibovespa fechou em queda de 1,45% hoje (23), a 98.080 pontos puxado pelo recuo das ações de commodities e pela preocupação dos investidores com o cenário fiscal do país. O índice chegou a recuar abaixo dos 98 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2020. No mercado internacional, o receio de uma possível recessão global continua abalando os mercados.
As movimentações do Banco Central continuam sendo alvo de atenção após a instituição elevar novamente a taxa Selic para 13,25% na última semana. Hoje, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o elevado grau de incerteza no cenário atual o fez alterar a estratégia para levar a inflação para “ao redor” da meta em 2023, não mais ao patamar exato de 3,25%.
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O BC também elevou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022 para 1,7%, ante estimativa de 1,0% apresentada há três meses, mas citou incertezas sobre as previsões.
No cenário corporativo, o dia foi negativo para as ações de empresas de commodities, como Vale (VALE3), Usiminas (USIM5), Gerdau (GGBR4) e 3R Petroleum (RRRP3), que recuaram 3,32%, 3,76%, 3,32% e 4,12%.
Ainda do lado vermelho do índice, as ações da SLC Agrícola (SLCE3) tiveram a maior queda do dia, perdendo 6,57%.
Do lado positivo, os ativos da Locaweb (LWSA3) foram destaque com alta de 9,01%. Em seguida aparecem os papéis da BRF (BRFS3), favorecidos pela alta do dólar e recuo no preço dos grãos.
As empresas de ecommerce Magazine Luiza (MLGU3), Americanas (AMER3) e Via (VIIA3), que vêm sofrendo com o enfraquecimento da economia, subiram 4,51%, 4,35% e 3,93% nas negociações de hoje.
Os principais índices de Wall Street fecharam em alta. O Dow Jones ganhou 0,64% a 30.677 pontos; o S&P 500 subiu 0,95%, a 3.795 pontos; e o Nasdaq avançou 1,62% a 11.232 pontos
O dólar chegou a superar a marca de R$ 5,23, impulsionado pela incerteza global sobre uma possível recessão, e fechou em alta de 1,02%, cotado a R$ 5,2292. (Com Reuters)