(Reuters) – As importações de petróleo bruto pela China aumentaram quase 12% em maio em relação à baixa base de comparação do ano anterior, embora as refinarias ainda estivessem lutando no mês passado contra os elevados estoques devido a lockdowns da Covid-19 e uma economia em desaceleração que pesa sobre a demanda de combustível.
O maior comprador de petróleo bruto do mundo importou 45,83 milhões de toneladas no mês passado, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas nesta quinta-feira, o equivalente a 10,79 milhões de barris por dia (bpd).
Isso se compara a 10,5 milhões de bpd em abril e a uma média de 10,3 milhões de bpd em 2021.
De janeiro a maio, as importações caíram 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado, para 217 milhões de toneladas, ou cerca de 10,49 milhões de bpd.
As operações das refinarias se recuperaram no mês passado após fortes quedas em março e abril, à medida que algumas refinarias independentes aumentaram a produção ou retornaram de manutenções, disseram traders e analistas.
Os estoques de petróleo, por sua vez, atingiram o maior nível desde julho de 2021, subindo semana a semana desde o final de março para pouco mais de 920 milhões de barris, de acordo com a Vortexa Analytics.
Isso é suficiente para cerca de dois meses de processamento na refinaria.
Os dados também mostraram que as exportações de derivados de petróleo atingiram 3,27 milhões de toneladas em maio, uma queda de 40% em relação aos 5,41 milhões de toneladas do ano anterior. No acumulado do ano, as exportações caíram 38,5%.
Apesar das margens recordes de exportação estimuladas pela recuperação da demanda global e pela interrupção do fornecimento russo, a China reduziu suas exportações de combustíveis –especialmente de diesel e gasolina–, mantendo uma ampla política implementada no final de 2021 para limitar o refino doméstico excessivo.
(Por Chen Aizhu e Emily Chow)