BRASÍLIA (Reuters) – A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) olha para o Brasil como parte da solução de sustentabilidade do mundo e da segurança energética na Europa, disse nesta terça-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, em defesa da adesão do país ao chamado grupo dos países ricos.
Em evento promovido pelo governo brasileiro e a OCDE, o ministro afirmou que a prioridade de acessar o organismo internacional não existia em governos anteriores e é um fato do governo Jair Bolsonaro.
Na avaliação do ministro, a entrada do Brasil é importante para a OCDE porque o país, segundo ele, é uma grande democracia liberal e uma potência verde.
Há duas semanas, a OCDE aprovou o roteiro de acessão do Brasil, em mais uma etapa do processo de avaliação para o país aderir ao grupo. Agora, será feito o exame das políticas do país, quando o Brasil mostrará iniciativas adotadas em convergência às diretrizes e recomendações do grupo.
Falando no mesmo evento em Brasília, o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, afirmou que o Brasil já está em conformidade com 121 de um total de 229 instrumentos legais exigidos pela entidade.
Segundo Cormann, no processo de acessão, o Brasil deve se focar em quatro áreas chaves: melhorar a eficiência dos seus gastos públicos, com o fortalecimento do arcabouço fiscal de longo prazo; aperfeiçoar os arranjos regulatórios, buscando reduzir tarifas e outras barreiras; buscar mais equidade na educação, aumentando acesso à educação infantil e à capacitação profissional e a área ambiental.
“Os especialistas da OCDE buscarão identificar evidências de que as políticas e práticas do país em matéria de meio ambiente e mudança climática atendem aos elevados padrões da OCDE e que seus recursos naturais estejam bem preservados”, afirmou Cormann.
(Por Bernardo Caram e Marcela Ayres)