SÃO PAULO (Reuters) – O preço médio da gasolina se manteve praticamente estável em junho, a 7,594 reais por litro, alta de 0,03% ante maio, segundo levantamento da empresa de gestão de frotas ValeCard divulgado nesta quarta-feira.
De acordo com o gerente de Produtos Frotas da companhia, Marcelo Braga, os dados já refletem a redução de tributos do ICMS nos Estados.
“Mesmo tendo efeito apenas durante os quatro últimos dias do mês, a medida foi responsável por gerar uma queda significativa de 1,61% nesse período, o que resultou em um valor médio mensal praticamente estável”, disse ele em nota.
As maiores quedas foram registradas no Piauí, onde os preços recuaram 2%, em Goiás (-1,35%) e no Distrito Federal (-0,90%). Entre as maiores altas estão Pernambuco (3,01%), Bahia (2,49%) e Amapá (1,95%).
Além da gasolina, a ValeCard disse que a redução do ICMS já impactou também os preços do etanol, que recuaram, em média, 6,88% em junho.
O preço médio do litro em junho foi 4,927 reais. Segundo a pesquisa da ValeCard, o biocombustível é mais vantajoso que a gasolina em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso Do Sul.
Em São Paulo, Estado com a maior produção de etanol do país, o litro custou, em média, 4,678 reais, equivalente a 67% do preço da gasolina.
O Pará apresentou o maior preço, de 6,703 reais, correspondendo a 86% do preço médio da gasolina.
A maior desvantagem do biocombustível, porém, foi encontrada no Rio Grande do Sul, onde o preço médio de 6,449 reais por litro, equivale a 92% da média da gasolina.
O método utilizado na comparação, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, é de que o valor do litro de etanol deve ser inferior a 70% do preço da gasolina para ser considerado mais competitivo.
(Por Rafaella Barros)