O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano ante os três meses imediatamente anteriores, acelerando ante o ritmo visto no fim de 2021, de acordo com dados divulgados hoje (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Veja comentários de profissionais do mercado financeiro:
Economista Lucas Maynard, do Santander
“Do lado da oferta, o setor de serviços impulsionou a alta, enquanto a indústria e a produção agrícola decepcionaram. Do lado da demanda, uma demanda doméstica mais fraca do que o esperado, com o setor externo ajudando. Esse resultado coloca a economia 1,6% acima da marca pré-pandemia (4T19) e implica um ‘carryover’ de 1,5% para 2022. Projetamos um crescimento do PIB de 1,2% em 2022, seguido de uma contração de 0,6% do PIB em 2023.”
Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos
“Resultado quase inteiramente puxado por serviços, algo esperado, pelo efeito da reabertura pós-vacinação. Indústria andou de lado e agricultura teve queda forte contra o primeiro trimestre do ano passado, sobretudo por conta da safra de soja menor. (Resultado) Corrobora a última onda otimista de revisões no PIB do ano. Com esse resultado, crescimento zero nos próximos três trimestres daria PIB anual com crescimento de 1,5%. Projetamos 1,8%, com algum crescimento adicional, sobretudo no segundo trimestre.”
Gustavo Sung, economista-chefe na Suno Research
“Dados de alta frequência já mostravam uma melhora da atividade econômica após o surto da variante Ômicron. Destaque para os serviços, que registraram alta de 1%. O resultado reflete a abertura da economia e diversos benefícios fiscais, como reajuste do salário mínimo, Auxílio Brasil e liberação do FGTS. Ressaltamos também a queda do setor agropecuário, que sofreu com problemas de quebra de safra de plantios importantes, como soja e arroz. Por fim, Brasil segue aproveitando o cenário favorável das commodities, gerando bons resultados nas exportações.”
Danilo Passos, economista da gestora WHG
“O número veio em linha com a nossa projeção. Mesmo a abertura não trouxe grandes surpresas, já se imaginava que seria um PIB muito determinado por comércio e serviços, por consumo basicamente. Acho que um pouco dessa história ainda está relacionada a reabertura, retomada de mobilidade. A gente ainda espera que o segundo trimestre tenha um desempenho positivo, com um crescimento em torno de 0,8%, mas perdendo bastante força no segundo semestre deste ano.”