Analistas do UBS BB elevaram a recomendação das ações da XP para compra ante neutra, mas reduziram o preço-alvo para US$ 31, de US$ 37 anteriormente, conforme relatório enviado a clientes nesta terça-feira.
Thiago Batista e equipe destacaram que os papéis estão negociado a múltiplos que eles consideram atrativos, e mais baratos do que algumas ações de empresas brasileiras de alto crescimento com mais problemas operacionais.
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Neste ano, as ações da XP, negociadas em Nova York, na Nasdaq, acumulam queda de mais de 20%.
O UBS BB estima taxa de crescimento anual composta (CAGR) do lucro por ação de 20% para 2022 a 2024, refletindo a combinação de expansão de cerca de 30% dos ativos sob custódia por ano e novas iniciativas da XP que estão começando a ganhar ímpeto.
Apenas para 2022, o UBS BB trabalha com receitas de R$ 14,168 bilhões e lucro líquido de R$ 3,486 bilhões.
“Não estamos considerando um controle de custos relevante que deve acontecer no caso de fraqueza no crescimento da receita da empresa – prevemos uma queda modesta das margens ao longo do tempo”, acrescentaram
Na visão da equipe do UBS BB, as altas taxas de juros no Brasil devem permanecer por algum tempo, o que tende a aumentar a inércia entre os investidores tradicionais de varejo.
Além disso, os principais indicadores para o segundo trimestre do ano não são bons, pois o volume negociado da B3 permaneceu fraco em abril e maio, juntamente com sua atividade no mercado de capitais e fluxos para os fundos.
“Por outro lado, os novos negócios da XP estão ganhando força e devem surpreender positivamente o mercado, pois o consenso (dos analistas) – e nós mesmos – não o incorporou totalmente às projeções.”
As ações da XP subiam 0,7% em Wall Street, a US$ 23 cada, por volta de 12h, enquanto o índice norte-americano Nasdaq avançava 0,37%. No Brasil, o Ibovespa caía 0,07%.