O governo da Argentina disse nesta quinta-feira ter recebido o apoio formal da China para a candidatura do país ao grupo Brics –formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul–, um bloco visto como uma poderosa alternativa de mercado emergente para o Ocidente.
O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero, reuniu-se com seu homólogo chinês, Wang Yi, em um evento do G20 na Indonésia, onde esse apoio foi formalizado, disse o ministério em uma declaração. A Argentina é um grande exportador de soja, trigo e milho.
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“Wang Yi confirmou formalmente o apoio de seu país à adesão da Argentina ao grupo Brics, de acordo com o que foi acordado entre os líderes do grupo”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Argentina.
A pasta acrescentou que, se a Argentina aderir ao grupo, “fortaleceria e ampliaria sua voz em defesa dos interesses do mundo em desenvolvimento”.
O presidente argentino, Alberto Fernández, havia dito anteriormente que o país, que está lutando contra uma crise econômica com alta inflação e fracas reservas de moeda estrangeira, queria se juntar aos Brics. Esse processo exigia o apoio dos membros do grupo.
O termo Bric foi cunhado pelo economista da Goldman Sachs Jim O’Neill em 2001 para descrever a surpreendente ascensão econmômica, na ocasião, de Brasil, Rússia, Índia e China. Os países do grupo tiveram sua primeira cúpula em 2009 na Rússia. A África do Sul aderiu em 2010.
A China tem de longe a maior economia do grupo, representando mais de 70% do seu poder econômico coletivo de 27,5 trilhões de dólares. A Índia representa cerca de 13%, com a Rússia e o Brasil representando cerca de 7%, de acordo com dados do FMI.
Os países dos Brics respondem por mais de 40% da população mundial e cerca de 26% da economia global.
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