O Ibovespa abriu em alta hoje (18), com avanço de 0,98%, aos 97.499 pontos. A Bolsa brasileira inicia a semana acompanhando o bom humor do mercado internacional, com os futuros de Nova York também em campo positivo.
O cenário geral ainda é o mesmo, de inflação persistente e ameaça de uma política monetária mais agressiva mundo afora, principalmente nos Estados Unidos. Na semana passada, tanto os preços aos consumidores quanto os preços aos produtores surpreenderam com altas acima das projeções, de 9,1% e 11,3% no acumulado de 12 meses, respectivamente.
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O mercado começou a cogitar que o aumento dos juros pelo Federal Reserve (banco central dos UA) seria maior do que o indicado anteriormente para aplacar o avanço dos preços. De 0,75 pontos percentuais, as apostas passaram para 1 ponto percentual.
Mas os membros do banco indicaram que não cogitam uma alta tão acentuada. James Bullard, um dos dirigentes de defesa mais assídua de altas importantes nos juros, afirmou que sua posição é por um aumento de 0,75 ponto no encontro dos dias 26 a 27 de julho. Com isso, os ânimos se arrefeceram e deram espaço para compras no mercado de renda variável.
Às 10h00 (horário de Brasília), os futuros de Nova York registravam altas consistentes: o Dow Jones subia 0,79%, o S&P 500 avançava 0,69% e o Nasdaq ganhava 0,86%.
Além disso, a temporada de balanços está a todo vapor em Wall Street. Investidores buscam por pistas de como as empresas estão operando em meio ao cenário macroeconômico atual. Na semana passada, JPMorgan, Morgan Stanley e Wells Fargo divulgaram seus dados do segundo trimestre e apresentaram um desempenho pior do que o esperado pelos analistas.
Nesta semana, as divulgações começam com o Goldman Sachs e o Bank of America hoje, seguidos por Netflix amanhã (19), Tesla na quarta (20) e Twitter na sexta (22).
Na Ásia, as ações chinesas subiram depois que o governo encorajou credores a concederem empréstimos a projetos imobiliários qualificados após um boicote de pagamento de hipotecas de moradias inacabadas. Em junho, os novos empréstimos imobiliários foram estimados em mais de US$ 22,23 bilhões, em comparação com uma contração em maio, informou hoje a televisão estatal CCTV.
Em Xangai, a bolsa fechou em alta de 1,55% e em Shenzhen, o ganho foi de 1,48%. Em Seul, o Kospi fechou em alta de 1,90% e, em Taiwan, o Taiex ganhou 1,16%. Em Hong Kong, a alta foi de 2,70%.
Já na Europa, a expectativa é pelo encontro do BCE (Banco Central Europeu) na quinta (21) para decidir a política monetária do bloco. O banco deve finalmente aumentar os juros pela primeira vez em 11 anos. Já está precificado pelo mercado um aumento de 0,25 ponto percentual, mas há quem espere por uma alta maior, de 0,50 ponto.
A inflação já está em níveis recordes, de 8,6% no acumulado de 12 meses, e o euro voltou à paridade em relação ao dólar.
Hoje, as Bolsas europeias acompanham o movimento positivo de Wall Street. Às 10h, Londres subia 0,91%; Frankfurt tinha alta de 0,80%; Paris ganhava 0,97% e o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 1,02%.
Por aqui, a semana começa fraca de indicadores. Amanhã, a Vale (VALE3) divulgará seu relatório de produção e vendas. Na quinta (21), é dia da Petrobras (PETR3 e PETR4) fazer o mesmo. Os balanços completos das duas empresas saem na semana que vem, dia 28.
O dólar comercial opera em queda neste começo de semana, com recuo de 0,54% às 10h, negociado a R$ 5,3756.
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