A Intel reduziu hoje (28) sua estimativa de vendas em 12 meses e divulgou receita do segundo trimestre abaixo das estimativas do mercado, à medida que esfria a demanda por seus chips de computadores pessoais.
As ações da empresa caíam 5% nas negociações pós-mercado.
A Intel disse que espera uma receita em seu ano fiscal entre US$ 65 bilhões (R$ 338 bilhões) e US$ 68 bilhões (R$ 354 bilhões), ante projeção anterior de US$ 76 bilhões (R$ 396 bilhões), uma vez que a inflação descontrolada e a reabertura de escritórios e escolas levam as pessoas a gastar menos em PCs.
Os fabricantes de chips também estão sob pressão devido a lockdowns por Covid-19 na China e à guerra na Ucrânia, que pioraram os problemas da cadeia de suprimentos.
As remessas globais de PCs devem cair 9,5% este ano, de acordo com a Gartner, empresa de pesquisa em TI.
“Estamos tomando as medidas necessárias para gerenciar o cenário, incluindo acelerar a implantação de nossa estratégia de capital, reiterando nossa projeção anterior de fluxo de caixa livre ajustado para o ano e retornando as margens brutas à nossa meta até o quarto trimestre”, disse o diretor financeiro da Intel, David Zinsner, em comunicado.
Para o trimestre atual, encerrado em 2 de julho, a Intel projetou receita na faixa de US$ 15 bilhões (R$ 78 bilhões) a US$ 16 bilhões (R$ 83 bilhões), abaixo da média das estimativas de US$ 18,62 bilhões (R$ 97 bilhões), segundo dados compilados pela Refinitiv.
No segundo trimestre, a Intel teve receita 22% menor, para US$ 15,3 bilhões (R$ 79,7 bilhões), seu sétimo trimestre consecutivo de declínio e abaixo das expectativas de US$ 17,92 bilhões (R$ 93,44 bilhões).
A Intel obtém cerca de metade de sua receita com a venda de chips que alimentam desktops e laptops.
As vendas do Client Computing Group, que abastece fabricantes de PCs e é o maior contribuinte para a receita da empresa, caíram 25%, para US$ 7,7 bilhões (R$ 40,1 bilhões) no trimestre.