A demanda brasileira por aço no segundo semestre mostra sinais de estabilidade, apesar da volatilidade e incertezas no exterior, afirmou hoje (29) o diretor comercial da Usiminas (USIM5), Miguel Camejo, em conferência de resultados da siderúrgica.
“Estamos observando certa estabilidade no consumo e demanda no mercado interno”, disse o executivo. “É algo positivo considerando o cenário internacional e derivado do próprio comportamento e resiliência de muitos setores industriais no Brasil”, acrescentou.
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Enquanto isso, o diretor financeiro da Usiminas, Thiago Rodrigues, disse que a estrutura de custos de insumos da empresa, que inclui carvão e minério de ferro, deve se manter no terceiro trimestre basicamente a mesma do segundo trimestre, uma vez que a empresa ainda vai laminar placas de aço compradas anteriormente de terceiros a preços maiores.
A siderúrgica divulgou nesta sexta uma queda de 77% no lucro líquido do segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o balanço, o resultado foi impactado negativamente por perdas com câmbio, mas veio praticamente em linha com a projeção do mercado.
A empresa teve lucro líquido de R$ 1,06 bilhão no período, em linha com a expectativa de analistas, de R$ 1,05 bilhão, segundo a pesquisa da Refinitiv.
A receita líquida da Usiminas totalizou R$ 8,53 bilhões, recuo de 11% na base anual, ante estimativa do mercado de R$ 8,34 bilhões.
Paralelamente, a Usiminas divulgou uma projeção de vendas de 950 mil a 1,05 milhão de toneladas de aço no terceiro trimestre, abaixo do volume de 1,09 milhão de toneladas reportado nos três meses até o final de junho. No terceiro trimestre de 2021, as vendas atingiram 1,2 milhão de toneladas.
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