O Ibovespa iniciou a sessão de hoje (17) em queda de 0,69%, aos 112.728 pontos, por volta das 10h15 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira segue o desempenho do pré-mercado dos Estados Unidos, com investidores à espera da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve.
O documento do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, em português) pode ajudar a esclarecer o que levaria as autoridades do Fed a adotar um terceiro aumento de 0,75 ponto percentual em sua reunião de setembro, e o que poderia levá-los a limitar os próximos aumentos a 0,5 ponto.
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Dados desde a última reunião do Fed mostraram que a inflação anual ao consumidor diminuiu em julho para 8,5%, de 9,1% no mês anterior, um fato que levou a maioria dos investidores a esperar um aumento de 0,5 ponto nos juros no próximo mês.
Mas o crescimento do emprego e dos salários em julho superou as expectativas, e um recente rali no mercado acionário e outros indicadores financeiros mostraram uma economia que ainda pode ser “quente demais” para o conforto do banco central.
Mais cedo, o Departamento de Comércio informou que as vendas no varejo dos Estados Unidos permaneceram inalteradas em julho, uma vez que a queda dos preços da gasolina pesou sobre as receitas nos postos, mas os gastos dos consumidores parecem ter se mantido, o que pode aliviar ainda mais os temores de que a economia já estivesse em recessão.
Por lá, o Dow Jones futuro apresenta queda de 0,64%, aos 33.898 pontos. O S&P 500 e o Nasdaq caem, respectivamente, 0,89%, aos 4.269 pontos, e 1%, aos 13.525 pontos.
O dólar tem forte alta frente ao real, com valorização de 1,19%, a R$ 5,2012.
Na Europa, as Bolsas operam em queda após a divulgação de dados de crescimento do PIB na zona do euro e da inflação no Reino Unido, que saltou para 10,1% em julho, a maior desde fevereiro de 1982, acima da taxa anual de 9,4% em junho.
O DAX, da Alemanha, cai 1,49%, o FTSE, de Londres, apresenta queda de 0,33% e o índice STOXX600 -0,66%.
Na Ásia, as Bolsas foram na contramão global e encerraram o dia majoritariamente em alta. Na China, o índice Xangai avançou 0,45% e o Shenzhen registrou alta de 0,69%.
Em Tóquio, o Nikkei subiu 1,23% e, em Hong Kong, o Hang Seng teve valorização de 0,46%. Em Taiwan, o Taiex avançou 0,29%.
No cenário doméstico, a FGV divulgou o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10). O indicador mostrou que a redução do ICMS sobre os setores de energia elétrica e combustíveis seguiu fazendo efeito e o teve em agosto sua primeira deflação desde o final do ano passado, também refletindo queda nos custos de commodities importantes.
O índice caiu 0,69% neste mês, depois de subir 0,60% em julho. A deflação mensal foi a primeira desde dezembro de 2021 (-0,14%) e a mais intensa desde dezembro de 2018 (-1,23%). (Com Reuters)
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