A varejista Americanas (AMER3) divulgou ontem (11) prejuízo líquido de R$ 97,9 milhões no segundo trimestre, perda 15,6% maior do que a vista um ano antes, impactada fortemente pelo resultado financeiro, ainda que as vendas totais tenham subido dois dígitos, além de aumento de margens.
As varejistas do país vêm enfrentando o efeito da alta das taxas de juros e da inflação sobre a demanda dos consumidores. O avanço recente da Selic também impacta nos negócios financeiros das empresas.
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O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Americanas foi de R$ 843,2 milhões, alta de 29,2% em base anual. A margem Ebitda ajustada foi a 12,6%, de 10,4% um ano antes e 9,8% no primeiro trimestre.
As vendas totais pelo indicador GMV subiram 10,4%, para R$ 13,94 bilhões. A operação física registrou crescimento de 26,9% nas vendas, enquanto no digital o avanço foi de 5,7%, com expansão de 18,3% no marketplace, mas queda de 7,6% nos produtos com estoque da própria varejista.
O resultado financeiro, entretanto, ficou negativo em R$ 555 milhões, piora de 107,5% em 12 meses.
As despesas com vendas caíram 8,3% no trimestre ante um ano antes, enquanto gerais e administrativas inflaram 56,7%.
A rival Magazine Luiza (MGLU3) divulgou nesta noite prejuízo de R$ 89 milhões, também prejudicada pela linha financeira e com alta nas margens, mas o crescimento de suas vendas totais foi de 1,3%, menor que da Americanas.