Após forte alta na véspera, o Ibovespa iniciou a sessão de hoje (24) entre perdas e ganhos. Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira operava praticamente estável (+0,01%), aos 112.932 pontos.
Por aqui, investidores analisam a divulgação do IPCA-15, a prévia oficial da inflação, que registrou em agosto a maior deflação desde 1991.
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 teve neste mês recuo de 0,73%, depois de alta de 0,13% em julho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi a primeira deflação mensal do IPCA-15 desde maio de 2020 (-0,59%), a primeira para agosto desde 2010 (-0,05%) e a menor taxa de variação desde o início da série histórica, em novembro de 1991.
No cenário externo, investidores ainda se preparam para ouvir o Federal Reserve reafirmar seu compromisso de conter a inflação e esperam que o chair, Jerome Powell, transmita uma mensagem dura de aperto monetário e evapore esperanças de um corte de juros no próximo ano.
O evento de Jackson Hole ocorre após investidores na semana passada avaliarem que a ata da reunião de julho do Fed sinalizaram uma abordagem “dovish” (flexível com a alta dos preços) e como um sinal verde para colocar algum risco de volta na mesa.
O discurso de Powell na manhã de sexta-feira pode consolidar o tom do mercado até a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) no próximo mês.
Como chefe do BC mais poderoso do mundo, a trajetória que ele traçar para o Fed terá efeitos cascata global, em um momento em que a maioria dos outros bancos centrais também travam suas próprias batalhas contra a inflação.
Em meio a esse cenário, os índices futuros de Wall Street operam sem uma única direção. Por volta das 10h15, Dow Jones caía 0,05%, aos 32.885 pontos, S&P 500 registrava leve alta de 0,07% e o Nasdaq operava praticamente estável, com variação positiva de 0,04%, aos 12.902 pontos.
Na Ásia, as Bolsas encerraram o dia majoritariamente em queda, com exceção do Kospi (+0,50%). Já na China, o Xangai recuou 1,86% e o Shenzhen perdeu 3,01%.
Em Tóquio, o Nikkei desvalorizou 0,49% e, em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 1,20%. Em Taiwan, o Taiex caiu 0,18%.
O dólar comercial registra alta frente ao real, com valorização de 0,26%, a R$ 5,1124. A reação de preço da moeda norte-americana ocorre um dia depois de a moeda despencar, seguindo movimento global. (Com Reuters)
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