Fundos globais que investiram em títulos da incorporadora chinesa Evergrande criaram um plano próprio de reestruturação das dívidas e exigiram que o presidente do conselho da empresa quite os passivos com sua própria fortuna, informou o Financial Times nesta terça (30).
Com mais de US$ 300 bilhões em passivos, a Evergrande, que já foi a incorporadora da China com mais vendas do país, está no centro da crise imobiliária e seu plano de reestruturação de dívida é visto como um modelo para potenciais outros.
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Os detentores de bonds da empresa apresentaram nos últimos dias uma proposta de reestruturação dos US$ 20 bilhões em dívidas offshore da Evergrande, depois que a incorporadora perdeu o prazo em julho para apresentar um plano de sua autoria, segundo a reportagem.
Os credores estrangeiros também propuseram que o presidente do conselho de administração da Evergrande, Hui Ka Yan, compre novas ações emitidas pela empresa, sendo que o capital levantado iria para o pagamento de parte das dívidas offshore, acrescentou o Financial Times.
A Evergrande disse em julho que ofereceria a seus credores estrangeiros pacotes de ativos que poderiam incluir ações em duas unidades listadas no exterior.
A Evergrande não pôde ser imediatamente contatada para comentários.
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