A Heineken divulgou hoje (1º) resultados acima do esperado no primeiro semestre de 2022, à medida que os consumidores compraram mais cerveja apesar das pressões inflacionárias, mas a empresa descontinuou sua meta de margem para 2023 devido ao aumento dos custos.
A segunda maior cervejaria do mundo, dona de marcas como Heineken, Tiger, Sol e Strongbow, vendeu mais cerveja do que o esperado, com alta em todas as regiões, e receita e lucro acima do que esperavam analistas.
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A Heineken reiterou a projeção de estabilidade ou leve alta na margem de lucro deste ano. Para 2023, a empresa disse que sua meta agora é de lucro operacional, não mais de margem, com estimativa de aumento entre 5% e 9%.
A empresa estabeleceu anteriormente uma projeção de alta de 17% na margem operacional em 2023, mas já havia dúvidas se a Heineken conseguiria alcançar o patamar devido aos custos de insumos acentuadamente mais altos. A expectativa do mercado antes dos resultados desta segunda-feira era de 16%.
O diretor financeiro da companhia, Harold van den Broek, disse que as elevações nos custos de insumos como cevada ou alumínio continuarão sendo um fator em 2023, apesar de terem diminuído um pouco recentemente.
Ele afirmou que a empresa estava avaliando se poderia operar sem gás natural no caso de a Rússia cortar o fornecimento.
As ações da Heineken caíram até 3,5% no início do pregão, mas diminuíram as perdas e, por volta de 11h15 (horário de Brasília), recuavam 0,1%, a 96,04 euros cada.
Muitos analistas enfatizaram os fortes números do primeiro semestre, mas o Barclays disse que estava reduzindo suas projeções, uma vez que esperava um maior crescimento do lucro operacional em 2023.
No primeiro semestre, a Heineken registrou um aumento de 24,6% no lucro operacional ajustado, para 2,16 bilhões de euros, superando expectativa de aumento de 17%, segundo pesquisa compilada pela empresa com analistas.
A Heineken registrou um aumento de 7,6% no volume de cerveja, com aceleração no segundo trimestre e expansão em todas as regiões, notadamente na Ásia-Pacífico, diante de recuperação após lockdown ligado à Covid-19. Além disso, houve sólido desempenho nas Américas e na Europa, onde mais consumidores estavam bebendo em bares ou restaurantes.
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