A Honda elevou nesta quarta-feira perspectiva de lucro operacional do ano graças ao iene mais fraco, mas alertou contra otimismo excessivo diante da escassez de chips e desaceleração da economia.
A montadora elevou a previsão de lucro operacional para 830 bilhões de ienes (US$ 6,15 bilhões) de 810 bilhões para o ano fiscal que se encerrará em 31 de março.
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O impacto dos gargalos na produção já foi levado em consideração quando a Honda disse anteriormente que pretendia vender 4,2 milhões de carros, disse o vice-presidente executivo, Kohei Takeuchi.
“O lockdown em Xangai foi suspenso e, em junho e julho, vimos um aumento na produção em comparação com o mesmo mês do ano passado, então a situação quase se normalizou”, disse Takeuchi.
A montadora japonesa registrou queda de 9% no lucro operacional dos três meses encerrados em 30 de junho, para 222,2 bilhões de ienes, diante da desvalorização do iene e aumento dos custos de material. O resultado superou uma estimativa média de 10 analistas, de 200,2 bilhões de ienes, segundo dados da Refinitiv.
Nos Estados Unidos, o principal mercado da Honda, as vendas no varejo caíram pela metade no trimestre de abril a junho, atingidas por baixos estoques nas concessionárias, apesar da forte demanda.
Os revendedores norte-americanos têm apenas cerca de 20 mil veículos em estoque, disse Takeuchi.
“Embora um número considerável de unidades tenha sido impactado pelo coronavírus, montamos um sistema que nos permite garantir resultado na América do Norte”, disse ele. “Estamos considerando uma maior redução de custos fixos como medida adicional, se necessário.”
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