O Ibovespa opera em leve alta de 0,10%, aos 113.643 pontos, no início do pregão de hoje (26), por volta das 10h20 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira segue o cenário do pré-mercado dos Estados Unidos, que avança à espera do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole.
O chair do Fed falará na conferência anual às 11h (horário de Brasília). No evento, que tem sido altamente aguardado pelo mercado, investidores buscarão sinais que ajudem a elucidar a dúvida do momento: se o Fed elevará o juro em 0,75 ponto percentual ou 0,50 p.p. em setembro.
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Dados de ontem (25) mostraram que a economia dos EUA recuou a um ritmo mais lento do que se pensava inicialmente no segundo trimestre, uma vez que os gastos do consumidor amenizaram parte do impacto de um ritmo mais lento de acumulação de estoques, dissipando temores de que uma recessão já estaria em andamento.
Por isso, um discurso de Powell será examinado em busca de qualquer sinal de que uma desaceleração econômica possa alterar a estratégia do banco central e de indicações sobre se a autoridade monetária conseguirá alcançar um “pouso suave” para a economia.
Mais cedo, o Departamento de Comércio informou que os gastos dos consumidores norte-americanos tiveram leve alta em julho, mas a inflação diminuiu consideravelmente, o que poderia dar ao Federal Reserve espaço para reduzir seus aumentos agressivos dos juros.
À espera de mais sinalizações, o Dow Jones futuro avançava 0,42%, aos 33.408 pontos, o S&P 500 e o Nasdaq subiam 0,25% e 0,32%, respectivamente.
O dólar comercial caía 0,75% frente ao real, a R$ 5,0735, com investidores do mundo inteiro atentos à possibilidade de instabilidade antes de discurso do chair do Fed.
Na Ásia, as Bolsas encerraram a sessão de hoje majoritariamente em alta. A exceção foi a China, que lida com surtos de Covid-19 e problemas imobiliários. Por lá, Xangai recuou 0,31% e Shenzhen caiu 0,42%.
Já em Tóquio, o Nikkei registrou avanços de 0,57% e, em Hong Kong, o Hang Seng valorizou 1,01%. Em Seul, o Kospi subiu 0,15% e, em Taiwan, o Taiex teve alta de 0,52%.
No cenário doméstico, o IBGE informou que os preços ao produtor no Brasil aceleraram a alta a 1,21% em julho sob o peso de alimentos e refino de petróleo.
Em junho, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia subido 1,01%, depois de salto de 1,81% em maio. O resultado levou o índice a acumular alta de 18,04% nos 12 meses até julho, de 18,78% em junho.
Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que as maiores influências positivas no resultado de julho vieram de alimentos (impacto de 0,69 ponto percentual, após alta de 2,97%) e refino de petróleo e biocombustíveis (impacto de 0,46 ponto e aumento de 3,45%). (Com Reuters)
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