O Ibovespa iniciou o pregão de hoje (10) em alta de 1,33%, aos 110.097 pontos, às 10h12 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira segue o desempenho positivo do pré-mercado dos Estados Unidos, que avança após a inflação norte-americana vir abaixo do esperado.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) apresentou estabilidade em julho ante o mês anterior (+1,3%), de acordo com os dados divulgados pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.
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Nos 12 meses até julho, os preços ao consumidor aumentaram 8,5%, abaixo do esperado, após taxa de 9,1% em junho. As pressões do núcleo da inflação, que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, também mostraram alguns sinais encorajadores.
Com isso, o mercado alivia as apostas de um tom mais agressivo do banco central dos Estados Unidos. “Esses números tiram da mesa a chance do Federal Reserve subir 0,75 ponto percentual. Além disso, hoje temos dois membros do Fed, que são mais dovish (ou seja, mais a favor de não subir juros), discursando e eles devem reforçar a alta de 0,50 p.p. Agora o jogo está aberto”, analisa Fabio Fares, especialista em macro da Quantzed.
Vale ressaltar que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, indicou que precisa ver vários meses de arrefecimento do crescimento dos preços antes de parar a sua batalha contra a inflação — atualmente a mais alta em 40 anos.
Em meio a esse cenário de alívio, os futuros em Wall Street avançam. Perto das 10h, o Dow Jones subia 1,27%, aos 33.152 pontos. O S&P 500 e o Nasdaq registravam alta de 1,76%, aos 4.197 pontos, e 2,43%, aos 13.352 pontos, respectivamente.
Lá na Ásia, as Bolsas avançam após uma leitura de inflação mais lenta do que o esperado na China reacender preocupações do mercado sobre a demanda doméstica fraca.
Por lá, o Xangai caiu 0,54% e, em Shenzhen -0,35%. Em Hong Kong, Hang Seng recuou forte, caindo 1,96%. Em Tóquio, o Nikkei caiu 0,65% e, em Seul, o Kospi caiu 0,90%. Em Taiwan, o Taiex recuou 0,74%.
Com maior apetite ao risco, o dólar operava em queda frente ao real no início da sessão de hoje. A moeda norte-americana apresentava desvalorização de 1,30%, a R$ 5,0624.
No cenário doméstico, as vendas no varejo do Brasil chegaram ao fim do segundo trimestre com a maior queda mensal desde o final do ano passado, recuando mais do que o esperado, com perdas disseminadas entre as atividades em meio à inflação elevada no período.
Em junho, o setor registrou contração de 1,4% nas vendas na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado é o segundo seguido no vermelho, com o setor acumulando nesses dois meses perda de 0,8% na comparação com o bimestre anterior. Também foi a contração mais intensa desde dezembro do ano passado (-2,9%), mais forte do que a expectativa em pesquisa da Reuters, de recuo de 1,0%. (Com Reuters)
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