Depois de fechar em forte alta (2,13%) na véspera, o Ibovespa teve uma sessão volátil no pregão de hoje (24). Oscilando entre perdas e ganhos, o principal índice da Bolsa brasileira teve leve variação positiva de 0,04%, aos 112.898 pontos.
Sem apontar uma única direção ao longo do dia, o índice ficou dividido entre as quedas de ações ligadas às commodities, como a blue chip Vale (VALE3), que caiu 3,13% – apesar da alta do minério de ferro na China –, e a alta de Petrobras (PETR4), que subiu 0,67% na esteira da alta do preço do petróleo.
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O destaque negativo do dia foi o IRB Brasil (IRBR3), que registrou queda de 4,25%, a R$ 2,03. A siderúrgica Usiminas (USIM5) caiu 3,61%, e Suzano (SUZB3) teve baixa de 3,07% após analistas do Bradesco BBI rebaixarem a recomendação de compra da ação para ‘downgrade’, com perspectiva de queda nos preços de papel e celulose.
Já no campo positivo, os papéis de CVC (CVCB3) registraram forte alta de 11,42%, a R$ 8,00. As ações relacionadas ao consumo também se destacaram, com Magazine Luiza (MGLU3) subindo 8,68% e Via (VIIA3) avançando 4,28%, a R$ 3,41.
Nesta manhã, o IBGE divulgou que o IPCA-15, a prévia oficial da inflação, teve queda de 0,73% em agosto, a maior deflação em quase 31 anos. A taxa em 12 meses ficou abaixo de 10% pela primeira vez em um ano.
As perdas e ganhos do Ibovespa seguiram o clima de Wall Street, que buscou ganhar fôlego ao longo do dia após uma abertura com altas modestas. O Dow Jones encerrou o dia em leve avanço de 0,27%, aos 32.999 pontos. O S&P 500 e o Nasdaq subiram, respectivamente, 0,29%, aos 33.003 pontos, e 0,56%, aos 12.452 pontos.
Por lá, investidores ainda demonstram apreensão com a desaceleração econômica nos Estados Unidos antes da conferência do Federal Reserve em Jackson Hole nesta semana.
Investidores de todo o mundo estarão atentos ao discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no evento. Como chefe do BC mais poderoso do mundo, a trajetória que ele traçar afetará o mercado global em um momento em que a maioria dos outros bancos centrais também travam suas próprias batalhas contra a inflação.
O dólar comercial registrou valorização frente ao real, com leve alta de 0,25%, a R$ 5,1077.
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