Após fechar praticamente estável na véspera (+0,04%), o Ibovespa ganhou fôlego e iniciou o pregão de hoje (25) em alta de 0,82%, aos 113.819 pontos, por volta das 10h15. O principal índice da Bolsa brasileira opera em linha com o pré-mercado de Wall Street, que avança à espera do simpósio de Jackson Hole.
O evento, que começa hoje e terá discurso de Jerome Powell (presidente do Federal Reserve) amanhã (26), tem sido pauta desde o início da semana. Investidores estão focados nas declarações do chefe do banco central norte-americano, que podem fornecer pistas sobre o ritmo de futuros aumentos das taxas de juros e se o banco central pode materializar um “pouso suave” para a economia.
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Apesar da fala de Powell ter como público-alvo os norte-americanos, o mercado global também estará atento às declarações do chefe do BC mais poderoso do mundo – que pode trazer impactos globais.
Ainda nos Estados Unidos, nesta manhã o Departamento de Comércio divulgou uma segunda estimativa do PIB (produto interno bruto).
Segundo os dados, a economia contraiu a um ritmo mais moderado do que inicialmente se pensava no segundo trimestre, pois os gastos dos consumidores compensaram parte do peso decorrente de um ritmo mais lento de acúmulo de estoques, dissipando o medo de que uma recessão estivesse em andamento.
Apesar de as duas quedas trimestrais do PIB atenderem à definição padrão de uma recessão técnica, medidas mais amplas da atividade econômica sugerem um ritmo lento de expansão em vez de uma retração.
No entanto, o risco de uma recessão tem aumentado à medida que o Federal Reserve aumenta agressivamente a taxa de juros para esfriar a demanda a fim de conter a inflação, azedando tanto a confiança empresarial quanto dos consumidores. Por isso, o discurso em Jackson Hole é aguardado.
À espera de mais sinalizações, os índices futuros em Wall Street avançavam na sessão de hoje. Por volta das 10h20, o Dow Jones futuro subia 0,07%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq tinham altas mais expressivas: +0,45% e +0,68%, respectivamente.
O dólar devolveu perdas iniciais e passava a subir frente ao real (+0,42%), acompanhando desaceleração da queda da divisa norte-americana no exterior conforme investidores aguardavam os sinais do encontro de banqueiros centrais organizado pelo Federal Reserve.
Na Ásia, as Bolsas fecharam majoritariamente em alta, com exceção de Shenzhen, que caiu 0,24%. Hang Seng, por sua vez, liderou as altas (+3,63%) e o Kospi subiu 1,22%. Em Tóquio, o Nikkei avançou 0,58% e, em Taiwan, o Taiex registrou alta de 0,87%. O Xangai teve avanços de 0,97%.
O desempenho foi impulsionado após o Conselho de Estado da China anunciar novas medidas para apoiar uma economia que sofre de uma crise imobiliária, surtos de Covid-19 e ondas de calor. (Com Reuters)
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