Os preços ao consumidor nos Estados Unidos ficaram inalterados em julho devido a uma queda acentuada no custo da gasolina, proporcionando o primeiro sinal notável de alívio para os bolsos dos norte-americanos, que viram a inflação disparar nos últimos dois anos.
O índice de preços ao consumidor (IPC) permaneceu inalterado no mês passado após avançar 1,3% em junho, disse o Departamento do Trabalho disse hoje (10). O relatório, no entanto, mostrou que as pressões inflacionárias subjacentes permanecem elevadas enquanto o Federal Reserve pondera se deve ou não adotar outro aumento alto dos juros em setembro.
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Economistas consultados pela Reuters projetavam aumento de 0,2% do índice em julho na esteira de queda de cerca de 20% no custo da gasolina. Os preços nas bombas dispararam na primeira metade do ano devido à guerra na Ucrânia, atingindo picos recordes de 5 dólares por galão em meados de junho, de acordo com dados da Associação Automobilística Americana (AAA).
Mas o Fed indicou que precisa ver vários meses de arrefecimento do crescimento dos preços antes de parar sua batalha contra a inflação –atualmente a mais alta em 40 anos.
Os preços ao consumidor têm subido devido a vários fatores, incluindo gargalos nas cadeias de suprimentos globais, estímulos fiscais maciços dos governos no início da pandemia de Covid-19 e a guerra da Rússia na Ucrânia.
Os alimentos são um dos componentes do índice que permaneceram elevados em julho, com alta de 1,1%, de 1,0% em junho.
Nos 12 meses até julho, os preços ao consumidor aumentaram 8,5%, abaixo do esperado, após taxa de 9,1% em junho. As pressões do núcleo da inflação, que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, também mostraram alguns sinais encorajadores.
O núcleo do índice subiu 0,3% em julho depois de alta de 0,7% em junho, mas aumentou 5,9% nos 12 meses até julho, o mesmo ritmo que em junho.