O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de R$ 20,4 bilhões em julho, informou o Banco Central hoje (31), o que levou a mais um recuo no endividamento do país.
A dívida bruta do país ficou em 77,6% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 78,0% no mês anterior –em julho de 2021 estava em 82,7%. O patamar é o mais baixo desde março de 2020 (77,0%), quando foi decretada a pandemia de Covid-19 e o governo iniciou uma série de gastos emergenciais de enfrentamento à crise sanitária.
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A dívida líquida, por sua vez, foi a 57,3% do PIB, contra 57,8% em junho –estava em 59,5% em julho de 2021.
O resultado primário do setor público acumulado em 12 meses alcançou um superávit de R$ 230,5 bilhões em julho, o que corresponde a 2,48% do Produto Interno Bruto (PIB). No mês anterior, o saldo acumulado estava em 2,17% do PIB.
Os dados englobam as contas de governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS), Estados, municípios e empresas estatais e não inclui as despesas com juros.
O número de julho foi influenciado pelos resultados positivos dos governos federal e regionais, enquanto o dado ficou no vermelho para as estatais.
O governo central apresentou um saldo positivo de R$ 19,9 bilhão no mês, enquanto Estados e municípios tiveram superávit de R$ 1,7 bilhão. As estatais foram deficitárias em R$ 1,2 bilhão.
O BC também apresentou nesta quarta-feira os dados relativos a junho. A divulgação era originalmente prevista para o fim de julho, mas houve atraso por conta da greve de servidores do órgão, encerrada há quase dois meses.
Em junho, o setor público consolidado teve superávit primário de R$ 14,3 bilhões.