Analistas do Bradesco BBI elevaram suas projeções para o resultado do Itaú Unibanco em 2023, bem como o preço-alvo das suas ações preferenciais, de R$ 34 para R$ 38, enquanto reiteraram recomendação ‘outperform’, conforme relatório a clientes no final da quarta-feira.
Gustavo Schroden e equipe agora estimam lucro líquido de R$ 37,093 bilhões no próximo ano para o maior conglomerado financeiro da América Latina, de projeção anterior de R$ 33,589 bilhões. Para 2022, foi mantido o prognóstico de lucro líquido de R$ 31,963 bilhões.
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A projeção do retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) para 2023 passou de 20% para 21,5%, enquanto para o ano corrente seguiu em 20,7%.
“As principais mudanças são o aumento da margem financeira líquida (NII) devido aos impactos positivos de uma taxa Selic média mais alta em 2023, e o melhor mix de empréstimos construído ao longo de 2022”, afirmaram os analistas, elevando em 7,6% a previsão de NII antes de provisões para 2023, a 104,9 bilhões de reais.
Para 2022, eles calculam essa métrica em R$ 92,1 bilhões.
Esse desempenho, na visão da equipe do Bradesco BBI, deve ajudar a mais do que compensar o aumento esperado no custo de capital – ele projetam uma taxa de 3,5% em 2023 e de 3,3% em 2022 – e as despesas operacionais maiores devido à possibilidade de aumento salarial por dissídio coletivo.
“Nós reiteramos nosso rating ‘outperform’, apoiado por um forte momentum de lucros – apesar da pressão da qualidade dos ativos em empréstimos não garantidos – e um valuation ainda atraente”, afirmaram, citando o múltiplo preço sobre lucro estimado para 2023 de 7,5 vezes.
Em 2022, as ações preferenciais do Itaú acumulam valorização de 39,1%, tendo encerrado na quarta-feira a R$ 28,30 cada. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa contabiliza no mesmo período avanço de 7,5%.