Após o feriado do dia 7 de setembro, o Ibovespa iniciou a sessão de hoje (8) praticamente estável (-0,03%), aos 109.677 pontos, por volta das 10h10 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira acompanha a repercussão dos juros no mercado europeu e a espera do discurso de Powell, nos Estados Unidos, que pode trazer sinalizações sobre a política monetária no país.
Mais cedo, o BCE (Banco Central Europeu) elevou suas taxas de juros de zero para 0,75 pontos percentuais nesta manhã, de forma a conter a inflação crescente, mesmo com uma recessão se mostrando cada vez mais provável — já que a Europa perdeu acesso ao vital gás natural russo.
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“Ao longo das próximas reuniões, o Conselho do BCE espera aumentar ainda mais as taxas de juros para diminuir a demanda e se proteger contra o risco de uma persistente mudança para cima nas expectativas de inflação”, disse o Banco Central Europeu em comunicado.
O grande aumento nos custos de empréstimo veio acompanhado de mudanças nas próprias previsões de inflação do BCE, que continua a ver um crescimento de preços bem acima de sua meta de 2% ao longo de todo o horizonte de projeção.
Por lá, as Bolsas operavam em queda. O DAX, da Alemanha, tinha queda de 0,77%, o FTSE, de Londres, caía 0,09% e o índice STOXX600 cedia 0,23%.
Nos Estados Unidos, investidores aguardam o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no final do dia, em busca de sinais sobre qualquer abrandamento na abordagem agressiva do banco central para controlar a inflação.
Em Wall Street, o pré-mercado operava em leve queda. O Dow Jones futuro caía 0,08%, aos 31.552 pontos, o S&P 500 tinha queda de 0,17% e o Nasdaq cedia 0,31%.
Com investidores à espera de mais sinalizações sobre a política monetária de grandes bancos centrais, o dólar caía contra o real nos primeiros negócios desta manhã. A moeda norte-americana caía 0,68% frente ao real, a R$ 5,2025.
Na Ásia, as Bolsas fecharam de forma mista. Após a revisão do PIB (Produto Interno Bruto) anual do Japão, o Nikkei apresentou forte alta de 2,31%. O Kospi, por sua vez, subiu 0,33% e, em Taiwan, o Taiex teve alta de 1,20%.
Na China, o cenário foi diferente. O Xangai teve queda de 0,33% e o Shenzhen caiu 0,89%. O Hang Seng também apresentou queda, com desvalorização de 1%.
No cenário doméstico, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) marcou o segundo mês consecutivo de deflação em agosto, ainda sob o impacto da redução dos preços dos combustíveis e apontando também alívio em preços de itens ao consumidor como alimentação e educação, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta manhã.
O IGP-DI caiu 0,55% em agosto, contra queda de 0,44% esperada por analistas, segundo pesquisa da Reuters, e após uma retração de 0,38% em julho. Em 12 meses, o índice passou a acumular alta de 8,67%.
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(Com Reuters)