Após dois dias seguidos de queda, o Ibovespa iniciou a sessão de hoje (15) praticamente estável, com variação positiva de 0,01%, aos 110.539 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). O dia é de atenção às divulgações de dados econômicos tanto no mercado doméstico quanto no externo.
Por aqui, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), conhecido como prévia do PIB, subiu 1,17% em julho sobre o mês anterior, de acordo com o resultado dessazonalizado divulgado nesta manhã pelo Banco Central.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
Na comparação com julho do ano anterior, o indicador registrou um avanço de 3,87% e, em 12 meses, acumulou alta de 2,09%, de acordo com números observados.
Além disso, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia melhorou a projeção oficial para o desempenho da atividade econômica em 2022, em visão mais otimista do que a observada no mercado, também estimando números melhores para a inflação.
Pela nova previsão, o PIB brasileiro deve crescer 2,7% neste ano, contra 2,0% estimados em julho. Para 2023, a pasta ainda vê uma atividade resiliente, apesar do nível elevado dos juros no país, e manteve a perspectiva de crescimento em 2,5%, muito acima das previsões de mercado.
Em relação à inflação medida pelo IPCA, a previsão da equipe econômica caiu para 6,3% em 2022, contra 7,2% da projeção feita em julho. Para 2023, a estimativa foi mantida em 4,5% mesmo após o governo sinalizar que manterá cortes de tributos no ano que vem.
Nos Estados Unidos, as vendas no varejo subiram em agosto, uma vez que os preços mais baixos da gasolina apoiaram os gastos. No entanto, a demanda está esfriando à medida que o Federal Reserve (banco central norte-americano) aumenta a taxa de juros de forma agressiva.
Hoje também foi dia de divulgação dos dados de pedidos semanais de auxílio-desemprego no país. Um relatório separado do Departamento do Trabalho mostrou que os pedidos caíram em 5 mil, para 213 mil ajustados sazonalmente na semana encerrada em 10 de setembro.
Apesar da preocupação com uma possível recessão no próximo ano devido aos custos de empréstimos mais altos, não houve um aumento nas demissões. Economistas dizem que as empresas estão acumulando trabalhadores depois de enfrentar dificuldades para contratar no ano passado, quando a pandemia da Covid-19 forçou algumas pessoas a deixar o mercado de trabalho, em parte por causa de doenças prolongadas causadas pelo vírus.
Em meio a esse cenário, os futuros de Wall Street operavam em queda. O Dow Jones caía 0,11%, aos 31.203 pontos, o S&P 500 apresentava desvalorização de 0,40%, aos 3.950 pontos, e o Nasdaq recuava 0,62%, aos 12.149 pontos.
Após a queda da véspera, o dólar apresentava alta de 0,45% frente ao real, a R$ 5,2009.
Na Ásia, as Bolsas da China caíram após uma decisão do Banco Central de manter a taxa de juros para crédito de médio prazo inalterada em 2,75%. Com a decisão, o índice Xangai encerrou a sessão em queda de 1,16% e Shenzhen caiu 2,34%.
Em Taiwan, o Taiex subiu 0,08% e em Seul, o Kospi teve queda de 0,40%. Em Tóquio, o Nikkei teve alta de 0,21% e, em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,44%.
> Inscreva-se ou indique alguém para a seleção Under 30 de 2022
(Com Reuters)