Analistas do Itaú BBA cortaram a recomendação para as ações da empresa de energia Eneva para ‘market perform’, avaliando que relação risco versus retorno da companhia não é mais atrativa, conforme relatório de hoje (14) a clientes.
Às 11h04 (horário de Brasília), o papéis da companhia caíam 3,28%, a R$ 15,35, pior desempenho do Ibovespa, que tinha acréscimo de 0,23%.
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Entre os fatores para a decisão, Marcelo Sá e equipe destacaram valuation não atrativo, maior concorrência no leilão de reserva de 30 de setembro, potencialmente reduzindo a criação de valor, e pior perspectiva para despacho térmico em 2022-2023.
Eles também afirmaram que o negócio envolvendo Bahia Terra, da Petrobras, está demorando mais do que o esperado. O processo de venda do Polo foi paralisado em junho após decisão judicial.
“A Eneva tem uma das melhores equipes de gestão do setor, um excelente histórico de alocação de capital e boas perspectivas de crescimento”, ponderaram.
“Nossa visão mais cautelosa se deve ao fato de que as expectativas para o leilão são muito altas e o resultado pode decepcionar os investidores”, acrescentaram.
Com edital aprovado pela Aneel no final de agosto, o certame contratará 2 gigawatts (GW) de projetos termelétricos movidos a gás natural, sendo 1 GW na região Norte e 1 GW nos Estados do Maranhão e Piauí.
O cenário base do Itaú BBA considera um preço por ação a R$ 17,00, e assume os ativos existentes e que a Eneva venda 600 MW de capacidade no leilão pelo preço máximo.
No pior cenário, o preço cai a R$ 12,50 e considera apenas os projetos existentes e nenhum upside do leilão de 30 de setembro, além de menor despacho térmico de longo prazo.
No melhor, a ação vai a R$ 20,4 e considera a venda de 900 MW no leilão pelo preço máximo e R$ 1,00 por ação de valor presente líquido (NPV) da aquisição do Bahia Terra, bem como maior despacho térmico.
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