O Credit Suisse revelou hoje (31) detalhes de seu plano para levantar 4 bilhões de francos suíços — US$ 4 bilhões (R$ 21 bilhões) –, junto a investidores para apoiar o esforço do banco em lidar com a maior crise em seus 166 anos de história.
O segundo maior banco suíço está levantando capital para financiar uma reestruturação, que verá a instituição cortar milhares de empregos e tirar o foco da área de banco de investimento para setores menos voláteis como gestão de fortuna.
O Credit Suisse foi abalado por uma série de escândalos e prejuízos e teve que congelar US$ 10 bilhões (R$ 52 bilhões) em recursos vinculados ao grupo financeiro britânico insolvente Greensill.
Agora o Credit Suisse está oferecendo a atuais e novos investidores a chance de comprar novas ações.
A instituição informou que investidores se comprometeram a comprar 462 milhões de novas ações ao preço de 3,82 francos suíços cada, levantando 1,76 bilhão de francos. Cerca de 307,6 milhões de novas ações devem ser compradas pelo Banco Nacional Saudita, que passará a ter 9,9% do Credit Suisse.
Atuais investidores poderão comprar 889 milhões de ações a 2,52 francos por ação, com direitos de subscrição correspondentes ao tamanho de suas participações atuais.
A ação do Credit acumula queda de cerca de 55% este ano.
As emissões precisam de aval de assembleia extraordinária de acionistas, que deve ocorrer em 23 de novembro. Os termos finais da operação devem ser divulgados no dia seguinte.
Se os acionistas rejeitarem o plano, o Credit afirmou que pode emitir 1,8 bilhão de novas ações a 2,27 francos por papel, o que permitirá ao grupo levantar 4 bilhões de francos.