A gestora de recursos americana Axxes Capital, sediada em Miami e fundada pelo empresário Joseph DaGrosa Jr., vai lançar uma família de fundos de investimento privado dedicados aos investidores americanos qualificados, os “accredited investors”. Eles são investidores institucionais, como fundos de pensão, “trusts” e gestores de recursos, ou cidadãos americanos com renda superior a US$ 200 mil por ano ou US$ 1 milhão em investimentos financeiros.
Segundo o instituto de pesquisa Capgemini, esses investidores possuem US$ 34,5 trilhões em recursos para investir em todo o mundo. Desse total, US$ 15 trilhões ou 44% pertencem a investidores dos Estados Unidos. Porém, segundo a Axxes, apenas 1% dessas carteiras de investimento estão alocadas em private equity (participação em empresas de capital fechado) e fundos de crédito.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
“Os investidores qualificados representam a maior oportunidade de redistribuição de capital nesses investimentos desde o surgimento da indústria de private equity há mais de 40 anos”, diz DaGrosa Jr. “Podemos preencher a lacuna da falta de soluções de investimento viáveis criando um conjunto de fundos de private equity e de crédito voltados para esses investidores, visando o que acreditamos ser as estratégias mais atraentes.”
Mercado brasileiro
Os fundos estarão disponíveis para os investidores a partir do primeiro trimestre de 2023, após a aprovação da SEC, e terão um investimento mínimo de US$ 25 mil. Segundo DaGrosa, a Axxes deverá lançar entre dois e quatro fundos até o fim do segundo trimestre do ano que vem. Os produtos estão abertos para investidores do mundo todo. O gestor diz que a empresa está negociando com um dos principais bancos brasileiros, que será distribuidor exclusivo dos produtos no Brasil. Isso permitirá aos investidores brasileiros acessar esses fundos com investimentos mínimos menores que os exigidos.
A Axxes Capital vai oferecer diversas estratégias para os investidores. Além do private Equity haverá estratégias de capital de risco, dívida vencida (“distressed debt”), além de energias alternativas e investimentos climáticos. Segundo o executivo, os veículos de investimento serão todos registrados na SEC (Securities and Exchange Commission, a CVM americana). “Isso significará maior visibilidade em comparação com os tradicionais veículos de investimento de crédito e private equity não registrados”, diz ele. DaGrosa tem uma experiência longa no assunto. Ele foi consultor financeiro na PaineWebber, que pertence ao banco suíço UBS e começou a trabalhar com private equity há cerca de 25 anos.
>> Inscreva-se ou indique alguém para a seleção Under 30 de 2022