A Glencore espera que o lucro operacional do segundo semestre em seu braço comercial caia acentuadamente em relação aos seis meses anteriores para US$ 1,6 bilhão, disse a empresa hoje (28), mas continue a caminho de um desempenho recorde em 2022 devido à alta dos preços do petróleo e do carvão.
O lucro antes de juros e impostos (Ebit) no primeiro semestre atingiu US$ 3,7 bilhões, com uma perspectiva anual de longo prazo entre US$ 2,2 bilhões e US$ 3,2 bilhões.
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Os analistas da Jefferies esperam um forte retorno de capital da Glencore para o ano inteiro entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões, em parte porque os preços do carvão térmico continuam elevados pela disputa mundial pelo fornecimento de energia, mesmo com a desaceleração da economia global. A Glencore minera e comercializa o combustível fóssil.
Problemas na cadeia de suprimentos no Cazaquistão como resultado da guerra na Ucrânia e condições climáticas extremas que afetaram algumas minas na Austrália levaram a Glencore a reduzir suas metas de produção para o ano inteiro de carvão, zinco e níquel.
No entanto, a companhia registrou um aumento de 7% na produção de carvão nos primeiros nove meses do ano, a 81,9 milhões de toneladas, impulsionado por sua mina Cerrejon na Colômbia. A produção total deverá ultrapassar os 103 milhões de toneladas do ano passado, alcançando pelo menos 110 milhões de toneladas no ano.
A produção de cobre caiu 14% para 770.500 toneladas, em parte devido à contínua redução da produção da mina Katanga na República Democrática do Congo (RDC).
Em julho, a Glencore cortou sua projeção para a produção de cobre para o ano inteiro para 1,06 milhão de toneladas, abaixo da previsão anterior de 1,11 milhão de toneladas, citando problemas geotécnicos na operação a céu aberto de Katanga.