A semana começou com um tom positivo no exterior e repercutiu no Brasil. Em linha com Wall Street, o Ibovespa avançou 1,38% nesta segunda (17), aos 113.623 pontos. Em Nova York, o Dow Jones subiu 1,87%, o S&P 500 ganhou 2,65% e o Nasdaq avançou 3,43%.
A alta do dia interrompe uma sequência de cinco quedas da bolsa brasileira e conta com o exterior favorável a risco para esse avanço. De acordo com analistas, o dia teve pouca volatilidade e foi de reajuste de posições para os investidores.
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Sem grandes indicadores, em Wall Street o mercado repercute a temporada de balanços. Hoje saíram os números do Bank Of America e do BNY Mellon. O BofA registrou um lucro líquido de US$ 7,08 bilhões entre julho e setembro, o equivalente a US$ 0,81 por ação. Os números foram melhores que o esperado. Segundo os analistas da FactSet, a estimativa era de um lucro por ação de US$ 0,78.
O resultado também veio acima dos US$ 6,23 bilhões, ou US$ 0,73 por ação, do mesmo período de 2021. A receita do terceiro trimestre somou US$ 24,50 bilhões, alta de 8% na comparação anual.
Na comparação trimestral, assim como seus pares, o BofA viu o lucro cair durante o período de julho a setembro, devido às reservas com provisões em caso de aumento da inadimplência se a economia norte-americana entrar em recessão. Ainda assim, as ações fecharam em alta de 6,5%.
Boas notícias vindas da Europa também ajudaram no apetite por risco global desta segunda. O novo ministro das finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, reverteu o pacote de benefícios fiscais da primeira-ministra Liz Truss, que havia provocado turbulência no mercado na semana passada por aumentar a dívida britânica.
Hunt optou por limitar o vasto plano de subsídio ao setor de energia, dizendo que o país precisa recuperar a confiança dos investidores.
Por aqui, a corrida eleitoral segue no radar do mercado, embora os ânimos estejam mais calmos. A “comemoração” dos investidores com o resultado do primeiro turno se foi. Depois de o Ibovespa subir 9,2% na primeira semana, esses ganhos caíram para 4% após o fechamento da sexta passada.
Hoje, o setor de turismo e aéreas ficou com os primeiros lugares das maiores altas do Ibovespa. De acordo com Idean Alves, sócio da Ação Brasil, o movimento foi uma resposta à queda do dólar. Já na maior queda, a MRV (MRVE3) foi puxada pela sua prévia operacional, que veio bem abaixo das expectativas. Caiu 11,42% no pregão.
O dólar comercial fechou com recuo de 0,37%, negociado a R$ 5,3028.
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