O Ibovespa segue de olho no mercado externo, que registra ganhos nesta manhã. Com isso, o principal índice da Bolsa brasileira iniciou a sessão em alta de 1,07%, aos 114.845 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília).
Os mercados refletem os balanços corporativos nos Estados Unidos, que têm surpreendido positivamente os investidores. Mais cedo, o resultado do Goldman Sachs ficou acima das expectativas de lucro e receita do terceiro trimestre, além de confirmar um plano de reorganização.
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Agora, a espera é por Johnson & Johnson e United Airlines, antes da abertura, e da Netflix, que divulgará os resultados após o fechamento do mercado.
Entre os indicadores econômicos dos EUA, a produção nas fábricas aumentou em setembro, liderada por bens duráveis e não duráveis, indicando que o setor manufatureiro permanece em condições razoáveis apesar dos esforços do Federal Reserve para frear a demanda por meio de taxas de juros mais altas.
O indicador apresentou alta de 0,4% no mês de setembro na comparação mensal. Os dados foram divulgados pelo Fed nesta manhã. As expectativas do mercado era de leve alta de 0,1%.
A utilização da capacidade do setor manufatureiro, uma medida de quanto os produtores estão usando seus recursos, subiu para 80,3% no mês passado, ante taxa revisada para cima de 80,1% em agosto.
Em meio a esse cenário, os futuros de Wall Street operavam em alta expressiva. Por volta das 10h23, o Dow Jones subia 1,94%, aos 30.816 pontos, o S&P 500 avançava 2,13%, aos 3.766 pontos, e o Nasdaq tinha valorização de 2,39%, aos 11.376 pontos.
O dólar recuava frente ao real. A moeda norte-americana apresentava desvalorização de 0,82%, a R$ 5,2593.
Um índice que mede o dólar frente a uma cesta de rivais fortes oscilava entre estabilidade e leve queda, enquanto as ações europeias e os futuros dos principais índices de Wall Street tinham alta acentuada, sinal de apetite por risco global.
O Citi disse em relatório desta terça-feira que vê um “início mais calmo para a semana”, mas alertou que o quadro geral não parece ter mudado significamente e segue apontando para um dólar globalmente mais robusto, uma vez que o banco central dos Estados Unidos não ofereceu qualquer sinal de alteração em sua trajetória agressiva de aperto monetário.
O Federal Reserve já subiu os juros norte-americanos em 3 pontos percentuais desde março deste ano de forma a controlar uma inflação persistentemente alta, e contratos futuros vinculados a sua taxa básica embutem nova alta de 0,75 ponto percentual, pelo menos, em sua reunião de política monetária de novembro.
Quanto mais altos os custos dos empréstimos dos EUA, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, conforme o mercado de dívida norte-americano começa a oferecer rendimentos maiores a risco quase zero, atraindo capital estrangeiro.
Na Ásia, as Bolsas também refletiram o bom humor global. A exceção foi a China, que fechou sem uma única direção. O Xangai teve leve queda de 0,13%, enquanto o Shenzhen apresentou alta de 0,36%.
Já em Tóquio, o Nikkei subiu 1,42% e em Hong Kong, o Hang Seng teve avanço de 1,82%. Em Taiwan, o Taiex avançou 1,22% e. na Coreia, o Kospi subiu 1,36%. (Com Reuters)
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