Após cravar a maior alta desde abril de 2020 na véspera (+5,54%), o Ibovespa iniciou a sessão de hoje (4) com valorização de 1,27%, aos 117.612 pontos, por volta das 10h25 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira também segue o bom humor do mercado global.
Por aqui, a atenção segue voltada às eleições, após o primeiro turno mostrar uma disputa mais apertada na corrida presidencial. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o mais votado no domingo (2) e disputará o segundo turno com o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
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Já o cenário externo reflete as perspectivas de que o Federal Reserve não será tão hawkish (agressivo) em relação à política monetária. Nos Estdos Unidos, investidores aguardam a divulgação dos dados de emprego JOLTs (pesquisa de ofertas de emprego e desligamento de funcionários, em português), que antecedem o relatório Payroll que será divulgado na sexta-feira (7).
Ontem (3) os principais índices encerraram o pregão com ganhos superiores a 2%, com os rendimentos dos Treasuries em queda imposta por dados de atividade industrial dos EUA mais fracos do que o esperado — o que elevou o apelo das ações no início do último trimestre.
Nesta manhã, as Bolsas seguem em cenário positivo. Às 10h27, o Dow Jones futuro subia 1,24%, aos 29.904 pontos, o S&P 500 avançava 1,55%, aos 3.748 pontos e o Nasdaq tinha valorização de 2,00%, aos 11.509 pontos.
O dólar estendia suas perdas frente ao real nos primeiros negócios desta terça-feira, depois de na véspera ter despencado ao ritmo mais rápido em mais de quatro anos, com investidores ainda repercutindo positivamente o resultado mais apertado do que o esperado do primeiro turno das eleições presidenciais.
A moeda norte-americana caía 0,73%, a R$ 5,1368.
Na Europa, o Banco Central Europeu aumentará os juros o quanto for necessário para reduzir o núcleo da inflação, embora o ritmo possa desacelerar após o final do ano, disse hoje a autoridade do BCE François Villeroy de Galhau.
Villeroy, que também é presidente do BC francês, disse que a marca de 4,8% do núcleo da inflação da zona do euro, que exclui os preços de energia e alimentos fora do controle do banco central, é muito ampla e muito alta.
Depois que o BCE elevou sua principal taxa de juros em 50 pontos-base em julho e 75 pontos-base em setembro, Villeroy disse que é importante que os próximos movimentos da instituição sejam “ordenados”.
Isso, disse ele, significa não sacudir os mercados nem apertar as condições financeiras para famílias e empresas de forma muito abrupta.
Villeroy disse que o BCE deve elevar a taxa de juros “sem hesitação, até o final do ano” para um nível em que não estejam estimulando nem atrapalhando a economia, o que ele estimou estar “abaixo ou perto de 2%”.
E os preços ao produtor da zona do euro subiram um pouco mais do que o esperado em agosto, mostraram dados desta manhã, impulsionados principalmente pelo aumento contínuo dos custos de energia.
A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que os preços nos portões das fábricas nos 19 países que compartilham o euro subiram 5,0% em relação ao mês anterior, com um aumento de 43,3% na base anual.
A disparada dos preços de energia foi o principal fator para o resultado do índice geral, subindo 11,8% no mês e 116,8% na comparação anual.
Sem os números de energia, os preços ao produtor avançaram apenas 0,3% no mês e 14,5% na base anual em agosto, desacelerando em relação às taxas de 0,6% e 15,1% respectivamente em julho.
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(Com Reuters)