A Neoenergia encerrou o terceiro trimestre com um lucro líquido de R$ 1,5 bilhão, 17% acima do apurado entre julho e setembro do ano passado, segundo balanço divulgado hoje (25).
A companhia elétrica controlada pela espanhola Iberdrola atribuiu o aumento do lucro à expansão de seus projetos de geração renovável de energia, além da boa performance das cinco distribuidoras do grupo.
A última linha do balanço também foi influenciada pelo reconhecimento, no trimestre, de R$ 678 milhões decorrentes da incorporação da controlada Bahia PCH III pela Neoenergia Brasília, a qual também passou a ser controlada diretamente pela Neoenergia.
No mesmo período, houve queda de 18% do Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), para R$ 2,35 bilhões.
Em distribuição de energia, as cinco concessionárias da Neoenergia somaram 18.458 GWh (gigawatts-hora) de energia injetada no trimestre, queda de 2,31% no comparativo anual.
Segundo a empresa, a piora no trimestre refletiu as temperaturas mais amenas e maior volume de chuva nas áreas de concessão das distribuidoras, que atuam nos Estados da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Já em geração de energia, no trimestre a companhia iniciou a operação comercial do complexo eólico Oitis, entre o Piauí e a Bahia, e do complexo solar Luzia, na Paraíba, marcos importantes para a estratégia da elétrica em expandir em energias renováveis.
O desempenho dos novos parques se somou à maior geração no complexo eólico Chafariz, na Paraíba, que está em plena operação desde o ano passado, e ao restante do portfólio de usinas hidrelétricas com participação direta ou indireta da companhia. Com isso, a Neoenergia encerrou o trimestre com 2.437 GWh de energia gerada, alta de 44,65% na comparação anual.
Em termos de invesimentos, o Capex executado alcançou R$ 7,1 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, 12% acima do registrado em igual período de 2021.
Além da expansão dos projetos renováveis, os investimentos da companhia também foram destinados a melhorias e ampliação das redes nas cinco distribuidoras, bem como a empreendimentos de transmissão de energia.