Os preços ao produtor no Brasil registraram em setembro a segunda maior queda da série histórica, de 1,96%, sob forte influência da indústria de refino de petróleo e biocombustíveis, informou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje (26).
Em agosto, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia caído 3,04%, o que marcou o recorde da série iniciada em 2014.
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O resultado de setembro levou o índice acumulado em 12 meses a uma alta de 9,76%.
De acordo com Felipe Câmara, analista da pesquisa, a última vez em que houve uma sequência de dois meses de deflação foi há mais de três anos.
“Estamos diante de um movimento continuado… Em termos de perspectiva histórica, a última vez em que houve dois meses consecutivos de retração do IPP foi em junho/julho de 2019”, disse ele.
Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que o destaque foi o recuo de 6,79% registrado pela indústria de refino de petróleo e biocombustíveis, exercendo a maior influência no índice do mês.
Entre as grandes categorias econômicas, os custos de bens intermediários caíram 2,42% e os de bens de consumo tiveram queda de 1,66%. Por outro lado os bens de capital aumentaram 0,48%.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.