Em agosto deste ano, a mexicana Casai anunciou a sua fusão com a startup brasileira Nomah, após passar por uma crise que levou à demissão de cerca de 80 funcionários. Na época, a fusão foi uma “tábua de salvação” para a Casai, que estava com problemas financeiros pela desistência de alguns investidores a entrar em um novo negócio.
Casai e Nomah são as maiores empresas da América Latina no segmento de “short stay” – que é a locação de apartamentos por dias ou semanas, com preços mais acessíveis que um hotel e menos burocracia que um contrato de aluguel tradicional.
Thomaz Guz, presidente da empresa, disse à Forbes que a fusão foi a melhor opção para acelerar a lucratividade e aproveitar as sinergias. A operação resultou em uma base de 200 mil hóspedes, 3 mil apartamentos em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Brasília, além da Cidade do México, Los Cabos e Tulum no México.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
De acordo com o presidente, a empresa agora está próxima do ponto de equilíbrio e deve obter lucro em alguns meses.
“Este foi um ano de olhar para dentro de casa. A partir de 2023 devemos nos concentrar na consolidação e expansão nas localidades em que já estamos presentes”, diz Guz.
Para isso, a Casai e Nomah devem apresentar nomes de reforço. A empresa divulgou com exclusividade à Forbes que uma rodada de captação realizada em julho, de valor não divulgado, recebeu mais R$ 5 milhões de investidores famosos.
“O interesse partiu das próprias celebridades, que buscam investir e associar seus nomes a negócios em que eles acreditam e veem a chance de trazer engajamento e identificação”, diz Guz.
Os investimentos adicionais foram feitos por nomes da música e do esporte norte-americano. São destaque o vencedor de seis Grammys Latinos Daddy Yankee e o campeão de beisebol Albert Pujols. Outros nomes são Ozuna, Raul Ibañez, Edwin Encarnación e Elvis Andrus. Guz diz que existe a chance de próximas captações com uma busca ativa por nomes conhecidos no entretenimento para investir.
“Dessa vez o interesse partiu deles, mas numa próxima podemos trabalhar isso de forma mais ativa, buscando nomes que façam sentido e se alinhem com nosso propósito”, diz o presidente.