No Forbes Radar de hoje (10), o Banco do Brasil divulgou lucro líquido de R$ 8,3 bilhões e aprovou a distribuição do montante total de R$ 2,3 bilhões em dividendos e JCP aos seus acionistas.
A Eletrobras divulgou prejuízo de R$ 88 mil no terceiro trimestre, abaixo do lucro de R$ 965 milhões reportado um ano atrás.
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Confira os destaques:
Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil apresentou resultados trimestrais e projeções surpreendentemente positivas, em franca oposição aos divulgados por seus rivais privados, como o Bradesco, revelando a diferença de desempenho entre os maiores bancos do país num ambiente de juros e inflação altos.
O banco controlado pelo governo federal publicou teve lucro ajustado do terceiro trimestre de R$ 8,36 bilhões, um salto de 62,7% sobre um ano antes.
O número também veio acima da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 7,36 bilhões para o período. A rentabilidade ajustada sobre o patrimônio foi de 21,5%, um salto de 7,2 pontos percentuais ano a ano.
Após o resultado, o banco aprovou a distribuição de R$ 485.697.824,86 em dividendos e R$ 1.810.536.945,56 em juros sobre capital próprio (JCP). O montante total dos proventos é de aproximadamente R$ 2,3 bilhões.
O pagamento será realizado em 30 de novembro para os acionistas na base de 21 de novembro.
Eletrobras (ELET3/ELET4)
A elétrica Eletrobras divulgou prejuízo de R$ 88 mil no terceiro trimestre, abaixo do lucro de R$ 965 milhões reportado um ano atrás.
O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 36%, para R$ 3,1 bilhões.
A receita operacional líquida atingiu R$ 8,03 bilhões, queda de 13%.
O resultado trimestral foi impactado principalmente pela redução de R$ 1,941 bilhão nas receitas de transmissão, que são reajustadas pelos índices de inflação, disse a empresa.
Minerva (BEEF3)
A Minerva registrou lucro líquido de R$ 141,5 milhões para o terceiro trimestre, um salto de 95,5% ante igual período do ano anterior, impulsionado por condições favoráveis para produção e embarque de carne bovina da América do Sul.
A companhia, que é a maior exportadora da proteína no continente, teve aumento de 24,4% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do trimestre, para R$ 806,2 milhões.
BRF (BRFS3)
A companhia de alimentos BRF registrou prejuízo líquido de R$ 137 milhões para o terceiro trimestre, conforme balanço divulgado ontem, em meio a um cenário adverso para o consumo no mercado interno e necessidades de melhoria operacional.
O resultado foi mais favorável em relação ao prejuízo líquido de R$ 271 milhões reportado no mesmo período do ano passado, mas ficou abaixo das projeções de analistas que esperavam lucro de R$ 64,8 milhões para o período, segundo dados da Refinitiv.
No segundo trimestre deste ano, a empresa havia amargado um prejuízo ainda maior, de R$ 468 milhões.
Carrefour (CRFB3)
O Carrefour Brasil divulgou queda de quase 60% no lucro líquido do terceiro trimestre em relação a um ano antes, pressionado pelos efeitos da alta da taxa de juros na dívida da varejista, que inflou após aquisição do Grupo BIG, bem como dos custos de conversões de lojas da rival incorporada.
O lucro líquido ajustado ao controlador foi de R$ 256 milhões entre julho e setembro, queda de 58,8% em comparação a igual período do ano anterior.
Do outro lado, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 14% ano a ano, para R$ 1,7 bilhão.
MRV (MRVE3)
A MRV teve uma grande queda no lucro do terceiro trimestre, com recuo nas vendas no Brasil e receitas zeradas da unidade norte-americana Resia, mas sinalizou melhora futura das margens com repasse aos clientes de preços maiores de insumos.
A construtora revelou que seu lucro de julho a setembro somou apenas R$ 7 milhões, montante 96,2% menor do que na mesma etapa de 2021.
No Brasil, a receita líquida encolheu 6%, para R$ 1,6 bilhão, uma vez que a MRV subiu os preços de imóveis para repassar preços maiores de insumos dos últimos trimestres.
Ultrapar (UGPA3)
O grupo Ultrapar disse que seu lucro líquido diminuiu 78% no terceiro trimestre ante a mesma etapa do ano anterior, diante de efeitos não recorrentes.
O lucro líquido da companhia, dona de marcas como Ipiranga e Ultragaz, foi de R$ 83 milhões.
A queda no lucro, segundo a empresa, é explicada por efeito tributário no terceiro trimestre do ano passado e de ajustes de fechamento das vendas das unidades Oxiteno e Extrafarma.
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida teve lucro líquido ajustado de R$ 679 milhões no terceiro trimestre, quase três vezes mais que o verificado um ano antes, apesar da companhia voltar a registrar crescimento na sinistralidade.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustada foi de R$ 922,7 milhões, também cerca de três vezes maior que a cifra apurada um ano antes. Sem ajustes, o Ebitda foi de R$ 780,6 milhões.
Rede D’Or (RDOR3)
O grupo hospitalar Rede D’Or teve lucro líquido de R$ 396,3 milhões no terceiro trimestre, crescimento de cerca de 5% sobre o desempenho apurado um ano antes.
A empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,5 bilhão de julho ao final de setembro, expansão de 20% na comparação anual. A margem subiu de 23,7% para 24,9%.
PetroRecôncavo (RECV3)
A PetroReconcavo assinou um contrato para a venda de gás natural para a Unigel, por meio de sua subsidiária Proquigel Química, segundo comunicado divulgado ontem (9).
A petroleira informou que o contrato, assinado conjuntamente com suas subsidiárias SPE Miranga e Potiguar E&P, prevê o fornecimento firme (sem interrupção) de 30 mil metros cúbicos de gás natural por dia até 31 de dezembro de 2023.
A previsão da companhia é que o fornecimento do gás comece neste mês.
(Com Reuters)