Thiago Brandão e Nara Iachan, fundadores do Cuponeria
Quando o Cuponeria surgiu, há 11 anos, termos como cashback, clube de fidelidade e Black Friday não tinham o apelo e repercussão que possuem atualmente. Quando falavam de seus planos de lançar uma empresa de cupons, os fundadores Nara Iachan e Thiago Brandão ouviam que os brasileiros eram desconfiados e não gostavam dessas coisas.
Eles resolveram tirar a prova e fizeram um teste. Selecionaram bares e lojas próximas de uma faculdade para a ação promocional e distribuíram os cupons para os alunos. “Teve muita adesão e percebemos que era uma questão de disponibilidade e não de desconfiança”, diz Iachan, CMO do Cuponeria.
Foi então que Iachan e os sócios Brandão e Lionardo Nogueira criaram um site para disponibilizar cupons e fazer campanhas promocionais. Atualmente, o Cuponeria emite um milhão de cupons por mês, tem mais de oito milhões de usuários e duas mil marcas parceiras, entre elas nomes como O Boticário, Riachuelo, Carrefour, Volkswagen e Nike. A empresa gerou mais de R$ 30 milhões em economia por meio de cupons no primeiro semestre.
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De acordo com a co-fundadora, em momentos de crise como a atual, as pessoas buscam a economia permitida por promoções e cupons, o que impulsiona os negócios.
“As compras se tornam mais racionais nas crises, as pessoas pesquisam mais e as marcas contam com promoções para aumentar as vendas. É uma combinação incrível e cada vez mais popular”, diz a CMO.
Todos querem descontos
Uma das apostas do Cuponeria para crescer é oferecer mais serviços. O modelo mais comum são os cupons para consumidores, no modelo B2C (business to consumer) mas a empresa também tem crescido por meio de produtos para marketplaces e indústrias no modelo B2B (business to business).
Em 2020, quando o isolamento social fechou as portas dos negócios físicos e os marketplaces ganharam espaço, a empresa de cupons apostou na tendência.
Clubes de fidelidade com bancos e seguradoras também têm sido um diferencial depois da pandemia. A Cuponeria já opera dez dos maiores clubes de fidelidade com bancos e seguradoras do Brasil, com parceiros como Elo e Bradesco.
A empresa não revela o seu faturamento, mas afirma que a média de crescimento dos últimos três anos foi de 55%. Para 2022, são esperados R$ 50 milhões em economia para os usuários, obtidos através de 15 milhões de cupons emitidos até o fim de dezembro.
Ganhando com dados
Outra linha de negócios do Cuponeria é o processamento e a análise das informações sobre perfis de compra. São milhares de dados sobre quem comprou e onde, quanto gastou e com qual recorrência, além da eficácia das promoções. “As empresas não têm equipes de vendas para cuidar apenas de cupons e promoções. Aqui podemos trabalhar em todo o processo”, diz a cofundadora.
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