Já se foi o tempo em que ter proteção digital se resumia a contratar um serviço de antivírus. Sabendo disso, a Asper, companhia de cibersegurança fundada em Brasília em 2015, acompanhou a tendência de digitalização das empresas dos últimos anos, que foi potencializada pela pandemia do Covid-19, e soube surfar o mercado a ponto de faturar R$ 100 milhões em 2022.
“O aumento de empresas no ambiente digital fez com que o número de crimes crescesse em uma velocidade muito grande, já que não existia maturidade para isso”, diz o CEO da Asper, Arthur Gonçalves. “E o apoio das criptomoedas como forma de financiamento desses crimes fez com que a situação se tornasse muito mais desafiadora para as empresas.”
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Ao acompanhar o avanço da situação, o Gonçalves percebeu a necessidade de uma mudança no posicionamento de mercado da Asper, que inicialmente era voltado para ciência de dados. Hoje, a companhia presta serviços de segurança digital personalizados para grandes empresas como Petrobras, JBS e Bradesco.
Para conseguir atingir esses gigantes, a Asper notou que só o crescimento orgânico não era suficiente e se apoiou em aquisições de companhias menores para agregar serviços e aumentar o seu portfólio de clientes. Com isso, foi possível multiplicar o negócio de Brasília e abrir três novas sedes em São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis.
“Hoje nós estamos entre as três maiores empresas do setor no país e nós sabemos que ainda existe uma avenida gigante para ser conquistada”, avalia Gonçalves. “Boa parte do nosso crescimento vem de forma orgânica, mas existem muitas empresas pequenas e médias que atuam em nichos específicos e são uma boa oportunidade para nos ajudar a consolidar esse mercado.”
Pensando nisso, a empresa espera investir R$ 1 bilhão até o fim de 2024 em novas aquisições. Um pouco antes, em 2023, a expectativa da Asper é de que já seja possível ver alguns resultados das negociações. O CEO afirmou que espera fechar o ano com faturamento de aproximadamente R$ 240 milhões.
IPO no Nasdaq?
Como companhia independente, Gonçalves já estuda quais são as melhores maneiras de trazer capital em um futuro próximo e listar a companhia no Nasdaq parece ser uma opção.
“Nós estamos estudando qual é o melhor caminho para conseguir o capital que precisamos para nos consolidar no mercado, se é fazer um SPAC, um IPO no Nasdaq ou outras opções do mercado”, diz Gonçalves. “Nós queremos virar o maior ativo de cibersegurança do Brasil.”