O Ibovespa iniciou o primeiro pregão deste mês em alta de 0,79%, aos 116.950 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). O principal índice da B3 é impulsionado pelo bom humor de seus pares globais, que avançam nesta manhã. O resultado da eleição presidencial e os balanços corporativos também seguem no radar do investidor local.
Ontem (31), o dia foi de grande volatilidade. O índice acionário oscilou entre 112.113 e 116.763 pontos, fechando próximo à máxima, em 116.037 pontos (+1,31%).
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Segundo Paula Zogbi, analista da Rico Investimentos, os mercados continuarão apresentando volatilidade nos próximos meses, até que haja definições concretas sobre as políticas econômicas que serão adotadas no País — especialmente aquelas que impliquem maiores gastos.
“Os investidores seguem à espera de mais notícias sobre a composição ministerial do futuro governo e devem reagir aos sinais sobre o nível de governabilidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a posse”, diz Zogbi.
Mais cedo, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Nela, a autarquia demonstrou preocupação com o cenário fiscal do Brasil em meio à ampliação de gastos permanentes do governo e incertezas sobre a condução das contas públicas em 2023, ressaltando que o cenário pode ampliar riscos e pressionar a inflação.
O BC também avaliou que houve uma redução recente do grau de ociosidade da economia brasileira, mas ponderou que o impacto defasado da política monetária aponta para uma queda mais forte da atividade econômica à frente.
Na última reunião, a autarquia decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano, quando avaliou que a inflação continua alta apesar de reduções de preço concentradas em uma parcela dos itens, ressaltando que indicadores sinalizam um ritmo mais moderado de crescimento da atividade no país.
A autoridade monetária reafirmou que se manterá vigilante, avaliando se a manutenção da taxa de juros nesse nível por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação para as metas.
De volta ao mercado acionário brasileiro, a temporada de balanços destaca os números de Cielo, Raia Drogasil, PRIO, CSN e CSN Mineração. Além disso, a ação da Copel disparou após o governo do Paraná afirmar que fará estudos para “otimizar investimentos” na elétrica.
Cenário externo
Em Wall Street, os índices futuros operam em alta. O foco dos investidores é a expectativa de que o Federal Reserve, que se reúne hoje, sinalize um ritmo mais lento de aumento futuro dos juros.
O Dow Jones futuro operava em alta de 0,62%, aos 32.977 pontos, o S&P 500 avançava 1,00%, aos 3.922 pontos e o Nasdaq subia 1,32%, aos 11.598 pontos.
Na Ásia, as Bolsas encerraram o dia em alta, com foco para o índice Hang Seng, que subiu mais de 5%, após especulações sobre negociações de relaxamento das restrições da Covid-19. A decisão de juros dos Estados Unidos também fica no radar.
Em Tóquio, o Nikkei avançou 0,33%, em Hong Kong, o Hang Seng disparou 5,23%, enquanto na Coreia, o Kospi subiu 1,81%. Em Taiwan, o Taiex teve alta de 0,68% . Na China, o Xangai subiu 2,62% e o Shenzhen +2,97%.
Já o dólar tinha leve queda frente ao real, com desvalorização de 0,05%, a R$ 5,1613, caminhando para recuperar o fôlego depois de, na véspera, ter caído 2,6% na esteira da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições, enquanto investidores monitoravam com cautela a paralisação de rodovias no país e ficavam à espera de eventual fala do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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(Com Reuters)