A FTX, falida corretora de criptomoedas de Sam Bankman-Fried, chegou aos “estágios finais” de uma negociação de US$ 100 milhões (R$ 523 milhões) para patrocinar a turnê da cantora Taylor Swift até meados de junho de 2023, de acordo com o jornal estadunidense Financial Times. O acordo incluiria também a emissão de NFTs.
Bankman-Fried, que se considera “um fã da Tay Tay”, foi aconselhado por alguns de seus sócios a não seguir com o projeto devido ao custo do acordo com Swift, além da incerteza se a cantora teria mesmo influência sobre os traders.
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A FTX também contava com o apoio de Taylor Swift através das suas redes sociais, onde ela tem milhões de seguidores, disse um ex-funcionário.
Fontes próximas disseram ao Financial Times que as negociações com Swift representaram um momento incomum na tomada de decisões da FTX, pois os sócios mais próximos de Bankman-Fried entraram em conflito com executivos mais experientes da empresa.
Swift nunca considerou apoiar pessoalmente a FTX, disse uma fonte próxima às negociações, que começaram no segundo semestre de 2021 e foram interrompidas em meados de junho deste ano.
Dentre as celebridades que assinaram acordos com a empresa, incluem-se o jogador de futebol americano Tom Brady, a tenista Naomi Osaka e o jogador de basquete Steph Curry.
Colapso da FTX
A corretora começou a decair publicamente em novembro, depois que os laços entre a FTX e sua empresa irmã, Alameda Research, foram revelados. A Alameda supostamente usou FTT – a criptomoeda da FTX – como garantia para empréstimos de bilhões de dólares para comprar ações de startups.
Depois que os preços das criptomoedas caíram no início deste ano, a FTX supostamente emprestou ativos de clientes para cobrir déficits. No início de novembro, a CoinDesk informou que grande parte do balanço patrimonial da Alameda era composto por FTTs.
Além disso, o CEO da Binance, Chanpeng Zeo, declarou em seu Twitter que a empresa venderia seus tokens FTT depois que “revelações” vieram à tona. Os investidores correram para vender seus ativos, e a FTX declarou falência no dia 11 de novembro, levando Sam Bankman-Fried a renunciar o cargo. Ele nega as acusações de fraude.