As ações da Oi saltavam na bolsa nesta quinta-feira (15) após a Justiça encerrar o processo de recuperação judicial de mais de seis anos da empresa de telecomunicações, tida como “campeã nacional” no setor durante os anos dos governos do PT.
A Oi, que já chegou a ter ativos em Portugal e na África, fez em 2016 o maior pedido de recuperação judicial do Brasil até então sob peso de cerca de R$ 65 bilhões em dívidas.
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Desde então, a empresa tem promovido um plano de reorganização de suas operações que incluiu venda de sua operadora de telefonia móvel para as três maiores rivais – Telefônica Brasil, Claro e TIM – por R$ 16,5 bilhões.
Às 12h42, as ações PN da Oi disparavam 63%, para R$ 0,72. Os papeis ON mostravam ganho de cerca de 47%, a R$ 0,25.
O encerramento do processo de recuperação judicial foi decretado pela 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro na noite da véspera.
A equipe da Genial Investimentos escreveu que a notícia é positiva, mas que, ainda assim, segue enxergando uma companhia “debilitada financeiramente”.
“Mesmo com a redução significativa da dívida bruta, (a Oi) ainda deve ter prejuízos pelo resultado financeiro negativo, com apenas um ativo promissor capaz de gerar caixa”, escreveram os analistas, em referência a uma participação minoritária na empresa de fibra ótica V.tal.
A Guide Investimentos também citou que, apesar de ter sido adiada várias vezes, a conclusão da recuperação judicial ainda não resolveu toda a dívida da empresa.
“A companhia ainda tem cerca de R$ 22 bilhões em dívidas e credores podem legalmente cobrar o pagamento após o fim da conclusão da recuperação judicial”, disse o analista Gabriel Araujo Garcia.
A Oi acumulou até o final de setembro prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão em 2022, uma queda ante os R$ 6,7 bilhões negativos registrados no mesmo período de 2021. O caixa disponível caiu 13%, a R$ 3,6 bilhões.