A produtora de “Fortnite”, Epic Games, vai pagar 520 milhões de dólares para encerrar um caso em que é acusada de coletar ilegalmente informações pessoais de crianças e enganar pessoas a fazer compras, informou a Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos hoje (19).
A empresa terá de pagar um multa recorde de 275 milhões de dólares por violar legislação que protege privacidade de crianças e terá que adotar um padrão forte de privacidade em seus produtos para proteção de crianças. A Epic Games também terá que pagar 245 milhões de dólares para devolver dinheiro pago por usuários que fizeram compras que não pretendiam realizar, afirmou a FTC.
“A Epic usou definições-padrão que violam a privacidade e interfaces que enganaram usuários de Fortnite, incluindo adolescentes e crianças”, afirmou a presidente da FTC, Lina Khan, em comunicado.
A agência adotou uma postura mais intensa na fiscalização da indústria de videogames. Na semana passada, a FTC anunciou uma queixa contra a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, um negócio de 69 bilhões de dólares.
A Epic afirmou em comunicado nesta segunda-feira que eliminou os sistemas de “pay to win” e “pay to progreess” quando dois jogadores competem entre si e que encerrou a prática de exibição de “loot boxes” em 2019. A empresa também disse que adotou uma escolha explícita de “sim/não” quando pergunta ao usuário se quer salvar informações de pagamento.
A companhia afirmou que os jogadores podem buscar reembolso por meio de cartão de crédito. “Se um detentor de cartão ver uma transação não autorizada, pode informá-la ao banco para que seja cancelada.”
Para proteger jovens, a Epic afirmou que criou recursos como controles de acesso aos pais e um código necessário para que os pais autorizem compras e um limite de gasto diário para crianças com menos de 13 anos.