O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil perdeu mais força do que o esperado no terceiro trimestre do ano, mas ainda assim atingiu o maior patamar da série histórica, com início em 1996, impulsionado mais uma vez pelo setor de serviços.
O movimento acontece em meio à expectativa de enfraquecimento da demanda neste final de ano sob os impactos do aperto monetário promovido pelo Banco Central (BC) e iminência de uma recessão global.
O PIB cresceu 0,4% no terceiro trimestre sobre os três meses imediatamente anteriores, informou nesta quinta-feira (1º) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) –menos do que o 0,7% estimado por economistas, segundo pesquisa da Reuters. Foi a quinta taxa positiva seguida do indicador.
Sobre o mesmo período de 2021, a alta foi de 3,6%, um pouco abaixo da expectativa de 3,7%.
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O setor de serviços, que responde por cerca de 70% da economia, cresceu 1,1% sobre o trimestre anterior, enquanto a indústria teve alta de 0,8% e a agropecuária encolheu 0,9%.
Sob a ótica da demanda, a formação bruta de capital fixo, uma medida do investimento, cresceu 2,8% na margem, enquanto as exportações tiveram alta de 3,6%. O consumo das famílias e do governo cresceu, respectivamente, 1,0% e 1,3%.
Revisão do PIB
O IBGE revisou para baixo o crescimento do segundo trimestre –para 1,0%, de 1,2% estimado anteriormente–, mas elevou o cálculo para o primeiro trimestre –de 1,1% para 1,3%.
Os dados do PIB de 2021 também foi revisto, revelando um desempenho melhor do que o informado anteriormente. O crescimento em 2021 passou para 5,0%, de 4,6%.