O Ibovespa começou esta semana no vermelho, com queda de 2,02%, aos 105.343 pontos. O índice de ações foi pressionado pela queda nas ações da Vale e da Petrobras – as empresas juntas representam quase 25% da composição da carteira.
As ações da Vale cederam na esteira da queda do minério de ferro na China. Outras siderúrgicas e mineradoras também foram prejudicadas. Já a Petrobras caiu diante de um novo risco político no radar.
Notícias afirmam que o ex-ministro Aloizio Mercadante, um dos coordenadores frente à equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, deverá assumir o comando de uma das estatais: BNDES ou Petrobras.
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Agentes de mercado apontam que a sinalização com esse nome é de uma política econômica mais desenvolvimentista. Alfredo Menezes, gestor e sócio da Armor Capital, diz que o mercado está “reprecificando” a política econômica esperada para o novo governo.
Rumores de mudanças na Lei das Estatais também foram citadas como um dos motivos para a forte queda do Ibovespa hoje. “O mercado sempre é tolerante com um novo governo. Até uma hora que cobra tudo”, disse Menezes.
Na mínima intradia, o índice de ações chegou a cair 3% e perdeu os 104 mil pontos. VALE3, a ação com mais participação, fechou com queda de 2,99%, a R$ 86,09.
Já as ações ON de Petrobras (PETR3) perderam 2,71%, a R$ 27,30, enquanto os papéis PETR4 recuaram 3,24%, a R$ 23,91. Somadas, ambas representam cerca de 10% do Ibovespa.
Mineradoras como CSN Mineração (CMIN3) e siderúrgicas como CSN (CSNA3) caíram 5,65% e 3,24%, respectivamente. Petroleiras como PetroRio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) subiram 3,98% e 1,71%, em linha com a cotação do petróleo no mercado internacional.
Em Nova York, as bolsas têm um dia positivo na expectativa de que a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de novembro venha mais fraca – a divulgação está prevista para amanhã (13), um dia antes da decisão do Federal Reserve sobre a elevação dos juros em dezembro.
Para o CPI, a previsão é de que a alta acumulada de 12 meses fique em 7,3% em novembro, ante 7,7% em outubro. Já para a decisão do Fed sobre os juros, predominam as apostas em uma alta mais branda, de 0,50 ponto percentual, após quatro aumentos seguidos de 0,75 ponto percentual. A decisão será divulgada na quarta-feira (14).
As bolsas fecharam próximas de suas máximas intradia. O Dow Jones subiu 1,58%, a 34.004,81 pontos, o S&P 500 ganhou 1,43%, aos 3.990,59 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 1,26%, a 11.143,74 pontos. O dólar comercial fechou em alta de 1,26%, a R$ 5,3116.
(Com Reuters)