O preço dos aluguéis em São Paulo e no Rio de Janeiro registraram a maior alta em três anos em 2022, de acordo com o índice realizado pelo QuintoAndar. Os valores médios aumentaram, respectivamente, 15,5% e 17,1%. Apesar do avanço significativo dos preços no Rio de Janeiro, São Paulo continua sendo a cidade com o valor médio do m2 mais caro, de R$ 42,22.
Apesar da valorização generalizada, alguns bairros da capital paulista se destacam com uma elevação ainda maior. Os três destaques do ano ficaram para Bom Retiro (37%), Pinheiros (32,3%) e Vila Clementino (31,6%).
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“É possível visualizar uma valorização em bairros mais próximos ao Centro em 2022, na comparação com o ano anterior.
São bairros que já costumam ter um valor alto do metro quadrado, como Pinheiros, e, com os recentes lançamentos, tiveram uma valorização ainda maior, acima da média da cidade“, afirma Vinicius Oike, economista do QuintoAndar.
No Rio de Janeiro, os bairros que mais se valorizaram foram Lagoa (42,5%), Jardim Oceânico (28%) e Flamengo (27%).
De acordo com o levantamento, o aumento dos preços também pode ser explicado pelo retorno ao trabalho e estudo presencial, que impulsionaram a demanda especialmente em regiões próximas a polos de emprego e com boa acessibilidade. Além disso, a alta nos valores foi especialmente forte entre os imóveis de um quarto, que perderam valor e atratividade no começo da pandemia.
O valor médio do m2 dos apartamentos de um quarto é ainda mais caro, atingindo R$ 53,6 em São Paulo e R$ 43,1 no Rio de Janeiro.
Bairros mais caros
O estudo também levantou quais foram os bairros mais caros de 2022 nas duas cidades. Em São Paulo, o bairro da Vila Olímpia, localizado na Zona Oeste, foi considerado o mais caro, com o m2 médio chegando a custar R$ 69. O Real Parque, na Zona Sul, ocupa a segunda posição, e Pinheiros, também na região Oeste, a terceira.
No Rio de Janeiro, Ipanema, na Zona Sul, é o bairro mais caro, com o m2 médio chegando a R$ 56,7. Leblon e Jardim Oceânico estão na segunda e terceira posição do ranking.
Perspectiva 2023
Para o QuintoAndar, a perspectiva para o aumento dos preços em 2023 não é muito diferente. “O mercado de aluguel deve continuar a apresentar aumentos de preços consistentes, mas com taxas mais moderadas. A desaceleração da economia global, somada a um cenário doméstico de juros elevados, pinta um cenário desafiador para 2023”, informa a empresa no estudo.
“Em São Paulo, o ano será marcado também por um grande número de lançamentos, muitos deles comprados por investidores que miram no mercado de aluguel. A adaptação destas unidades à demanda dos inquilinos será determinante para o desempenho do mercado de aluguel na cidade”, complementa o QuintoAndar.