Painel da B3
No início da tarde o Ibovespa estava em uma leve alta de 0,5%, a 109.494 mil pontos, por volta das 14h30. No pior momento do dia, logo na abertura, o principal indicador do mercado acionário brasileiro recuou 1,2% para 109,3 mil pontos.
Esse desempenho é bem menos positivo do que o que se esperava na abertura dos negócios. Logo cedo, antes do início das negociações aqui, os ativos brasileiros negociados no mercado internacional apontavam fortes quedas.
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As cotas do ETF (Exchange Traded Fund) iShares MSCI chegaram a recuar 2,2% no pré-mercado em Nova York. E os contratos futuros do Ibovespa chegaram a cair mais de 1% antes do início das transações no mercado à vista.
Cenário externo
O que vem garantindo essa relativa tranquilidade do mercado apesar do vandalismo da véspera em Brasília foi o bom comportamento das ações no Exterior. O índice americano S&P 500, indicador mais relevante em Wall Street, está em alta de 1,2%, na continuidade da valorização da sexta-feira (6).
O mercado americano iniciou a segunda semana de janeiro otimista com a redução dos salários nos Estados Unidos. A resistência dos preços da mão de obra em recuar apesar da alta dos juros vinha sendo apontada como o principal motor da inflação. Agora, com essa queda, os investidores passaram a avaliar que novos aumentos dos juros pelo Fed (Federal Reserve), o banco central americano, são menos prováveis ou poderão ser menos intensos.
O dólar iniciou a tarde cotado a R$ 5,26, alta de 0,55%, após ter chegado perto de R$ 5,35 durante a manhã.
Outro motivo foi a alta dos preços do petróleo. O barril do tipo Brent, referencial para a Petrobras, está em alta de 1,6% a US$ 79,83. Isso representa um bom prognóstico para os resultados da Petrobras (PETR3/PETR4), cujas ações chegaram a subir quase 1% durante o dia e estão em alta de 0,4%.
Cenário interno
Outra causa da relativa tranquilidade dos investidores foi a resposta rápida dos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciario – aos atos de vandalismo da véspera.
A divulgação de comunicados em defesa da democracia e da governabilidade foi vista como um sinal de que o governo terá menos dificuldade em estabelecer políticas, o que é visto como um sinal de estabilidade.
