O Ibovespa abriu em alta hoje (30), na contramão do pré-mercado dos Estados Unidos nesta semana marcada pelas reuniões de política monetária do Banco Central (BC) e do Federal Reserve (Fed). Após os leilões, o índice de ações registrou avanço de 0,38%, a 112.740,29 pontos.
O dia mais aguardado da semana será a Super-Quarta (1), com decisões sobre os juros dos EUA e do Brasil. Por aqui, a expectativa é de que o BC manterá a Selic estável em 13,75%. Já lá fora, deverá ocorrer mais uma elevação de taxa, de 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 4,50% e 4,75%.
Entretanto, o que o mercado espera não é só a decisão em si, mas o comunicado que acompanha o anúncio dos bancos centrais. Lá nos EUA, investidores querem mais informações sobre até quando irá o aumento dos juros. Aqui, o governo Lula brigou com a meta de inflação, por considerar agressiva demais, e há expectativa por alguma resposta sobre o assunto.
Por volta das 10h (horário de Brasília), os futuros em Nova York apresentavam desempenho negativo, com o Dow Jones caindo 0,60%, o S&P 500 recuando 0,87% e o Nasdaq tinha perda de 1,17%.
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A temporada de balanços também segue no radar. O destaque desta semana é a divulgação dos números das big techs nos EUA. Apple, Meta, Amazon e Alphabet apresentam seus números a partir do dia 1º. Antes, no dia 31, tem a divulgação de Exxon Mobil, McDonald’s e General Motors.
Nos resultados corporativos no Brasil, Santander irá abrir as entregas dos grandes bancos com a divulgação dos seus números na quinta-feira (2).
No pregão de hoje, a reabertura dos mercados asiáticos depois do feriado do Ano Novo Lunar deve fazer preço no Ibovespa. O minério de ferro no porto de Dalian subiu cerca de 2% para US$ 129,50 por tonelada, o que deve beneficiar as ações da Vale (VALE3).
Em análise para clientes da Clear Corretora, Pamela Semezatto comentou que o Ibovespa apresenta resistência para romper a barreira dos 114 mil pontos. “[O índice] segue com tendência de alta no longo prazo e lateral no médio e curtíssimo prazo. Caso perca a mínima da semana passada (111.542), espero por teste no suporte: 110.300 e 108.500”, diz Semezatto.
O dólar à vista registrava recuo de 0,20%, a R$ 5,10 às 10h (horário de Brasília).
(Com Reuters)