O Ibovespa iniciou a sessão de hoje (18) em alta de 0,50%, aos 112.446 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira opera em linha com seus pares globais, em dia cheio de divulgação de indicadores econômicos e discursos de diretores do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), que podem fornecer pistas sobre os próximos passos da política monetária do país.
Na véspera, investidores repercutiram o resultado decepcionante do Goldman Sachs. O banco registrou uma queda de 69% no lucro do quarto trimestre, maior do que a esperada. “O banco repetiu a mensagem dos demais bancos feitos na semana passada de que a expectativa é de um cenário incerto daqui para frente”, analisa Jennie Li, estrategista de Ações da XP.
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“Por outro lado, Morgan Stanley superou as expectativas, o resultado foi impulsionado pelo business de Wealth Management, enquanto o Goldman Sachs depende mais do mercado de capitais que foi fraco no ano passado. Vimos Morgan Stanley subindo 6% ontem e Goldman caindo 6%, o que acabou puxando o índice Dow Jones para baixo”, explica Jennie.
Hoje, investidores aguardam o PPI de dezembro, dados das vendas no varejo, produção industral e Livro Bege.
Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o Dow Jones futuro tinha alta de 0,11%, aos 34.058 pontos, o S&P 500 avançava 0,29%, aos 4.021 pontos, e o Nasdaq subia 0,35%, aos 11.665 pontos.
Ainda sobre o mercado externo, o banco central do Japão manteve nesta quarta-feira as taxas de juros ultrabaixas, incluindo um limite para o rendimento de títulos que tinha dificuldades para defender, desafiando as expectativas do mercado de que iria eliminar gradualmente seu programa de estímulo em meio à crescente pressão inflacionária.
A decisão inesperada derrubou o iene contra outras moedas e os rendimentos dos títulos tiveram a maior queda em décadas, conforme os investidores desistiam das apostas que fizeram ao antecipar que o banco central reformularia sua política de controle de rendimento.
Em vez de mudar seu programa de estímulo, o Banco do Japão criou uma nova arma para evitar que as taxas de longo prazo subam demais – um movimento que alguns analistas tomaram como sinal de que o presidente da autoridade monetária, Haruhiko Kuroda, irá adiar grandes mudanças durante os meses restantes de seu mandato, que termina em abril.
Por aqui, os investidores seguem atentos à política fiscal. Ontem (17), o ministro da Fazenda Fernando Haddad disse que o governo vai definir o valor do salário mínimo deste ano a partir de uma negociação com as centrais sindicais. Lula tem uma reunião marcada para às 11h com essas entidades.
O Ministério da Fazenda reiterou no início da semana uma posição favorável aos 1.302 reais, como proposto pelo governo anterior e que já está em vigor. Na terça-feira, Haddad indicou que a viabilidade de um valor maior dependerá do cálculo do número de beneficiários do INSS. O ministro está em Davos para o Fórum Econômico Mundial.
O dólar tinha queda de 0,30% frente ao real, negociado a R$ 5,0902. (Com Reuters)