O PIB (Produto Interno Bruto) americano subiu 2,9% no quarto trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período de 2021. No terceiro trimestre, a economia americana havia crescido 3,2% na mesma comparação.
No acumulado de 2022, o PIB cresceu 2,1% em comparação com o acumulado de 2021. No ano passado, o crescimento havia sido de 5,9% ante 2020, mas esse resultado foi distorcido pela pandemia. Os dados foram divulgados hoje (26) pelo Bureau of Economic Analisys (BEA), autarquia do governo americano.
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Segundo o relatório do BEA, “o crescimento do PIB refletiu aumentos no investimento em estoques pelas empresas, gastos do consumidor, do governo federal e de governos estaduais e municipais”. A parte negativa foi uma queda nas exportações, em que “uma queda em bens não duráveis, excluindo petróleo, foi parcialmente compensada por um aumento em serviços, liderado por viagens e transporte.” Isso é o efeito da desaceleração da economia chinesa no ano passado.
O impacto nos mercados
A divulgação de um resultado levemente acima das expectativas está provocando uma leve alta nas taxas de juros. Os títulos referenciais de dez anos estão rendendo 3,465% ao ano, alta de 0,07 ponto percentual. A bolsa americana está estável.
Até poucas semanas atrás, ainda durante 2022, havia uma convicção firme de que os juros nos Estados Unidos ainda subiriam bastante. A estimativa era de que as taxas, hoje na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, chegassem à faixa entre 5,00% e 5,25% ainda durante o primeiro semestre.
Porém, nos primeiros dias do ano, as projeções para a inflação arrefeceram um pouco. Ninguém descarta a hipótese de mais uma alta dos juros na próxima reunião do Fed, marcada para os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro. Porém, o resultado mostra que essa alta deve ser gradual e o ciclo de aperto pode se encerrar antes de os juros chegarem a 5% ao ano.