Depois de três anos consecutivos registrando rendimentos negativos, a Poupança superou a inflação no ano passado e teve uma rentabilidade real de 2%.
O levantamento foi feito por Einar Rivero, head comercial da plataforma Trademap, após o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgar hoje (10) que a inflação de 2022, medida pelo índice de preços IPCA, fechou com alta de 5,79%.
Em valores nominais, sem a correção monetária, a rentabilidade da Poupança no ano passado foi de 7,90%.
Em 2021, a Poupança tinha registrado o seu pior desempenho das últimas duas décadas: a aplicação mais popular do Brasil fechou com uma perda de poder aquisitivo de 6,37%. Em 2020 e 2019 os recuos tinham sido de 2,30% e 0,05%, respectivamente.
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Embora a aplicação financeira tenha se saído bem frente à inflação no ano passado, a Poupança teve uma retirada recorde de dinheiro no ano: saque de R$ 103,23 bilhões, segundo o Banco Central.
Foi a maior retirada de recursos da série histórica, que teve início em 1995. Até então, a maior saída líquida havia sido registrada em 2015, de R$ R$ 53,56 bilhões.
Rendimentos de outras aplicações financeiras
Segundo o levantamento de Rivero, o IHFA (Índice de Hedge Funds) teve o melhor desempenho do ano, com ganho real de 7,45%. Em seguida, aparece o IDIV (Índice de Dividendos), com ganho real de 6,49%, e o CDI (indicador que acompanha os juros), com ganho de 6,24%.
Na ponta das perdas, o bitcoin aparece em último lugar, com deterioração de 68,27% (já com a correção monetária, antes aparece o índice de ações estrangeiras BDRX, –31,99%, e o índice de Small Caps, –19,70%.
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